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Por O Globo


Desfile tem alas, alegorias e até samba-enredo próprio — Foto: Reprodução/TikTok
Desfile tem alas, alegorias e até samba-enredo próprio — Foto: Reprodução/TikTok

O carnaval acabou, mas a criatividade da festa continua a inspirar os brasileiros - e virais . Um vídeo que mostra um desfile de escola de smba em maquete, em homenagem a uma cadelinha morta, comoveu as redes sociais nestes últimos dias.

O cortejo é em homenagem a Pimpim, cachorrinha de 10 anos que morreu de cinomose e foi postado pela conta @renatadandadar1 no TikTok. "E meu tio que fez um enredo e um desfile com maquetes em homenagem à cachorra dele que faleceu de cinomose", ela escreveu.

A criação chama atenção pela riqueza de detalhes. Tem alas, alegorias, luz de led e até um samba-enredo próprio, gravado com o som de uma bateria ao fundo.

"Sua missão chegou ao final e via deixar saudade nesse Carnaval. Alô Pim Pim, onde você estiver, receba nosso axé, sentimento mundo pet! (...) Hoje vou cantar pra ela, a cadela Pìmpim, se seu olhar nos seduziu, o forte latido conquistou os corações", diz um trecho da composição.

O responsável pela homenagem é o amazonense Paulo Afonso de Oliveira Saraiva, de 48 anos, que deu uma entrevista ao jornal "O Tempo" sobre a ideia. Segundo ele, a cachorra morreu em junho do ano passado e, como ele é apaixonado pela folia, decidiu fazer essa homenagem.

Ele teve a ajuda do presidente da escola de samba Primos da Ilha, de Manaus, para ajudar na gravação de um samba enredo escrito por ele e que traduzia os seus sentimentos pela cadela. O desfile se inicia com uma imagem da escada que era o local favorito de Pim Pim na casa.

Em seguida, surgem carro que dão contas de temas como o medo que ela sentia de trovões e os "impostores" da casa, ratos e baratas caçados por ela. Ao fim do cortejo, ela aparece com asas de anjo, em referência ao céu onde ele acredita que ela está agora.

Paulo também contou ao jornal que fez de tudo para salvar a cadelinha, quando ela foi diagnosticada com a doença, mas não conseguiu. "A Pimpim era companheira, estava ao meu lado até quando ia levar o lixo na rua. Ficava me vigiando. Ela prestava atenção em tudo, era um ser humano mesmo", relatou. "Ela cuidava muito bem da nossa família, era minha filha mesmo".

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