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Por — Rio de Janeiro

"A sensação era de que haviam matado alguém próximo a mim.” É assim que Bella Campos define sua reação quando recebeu, em casa, à época em que morava em São Paulo, a notícia do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, naquele 14 de março de 2018. Mal sabia ela que, seis anos depois, seria convidada para participar de um curta-metragem produzido pelo instituto homônimo à vereadora carioca, e que, na mesma época, a Polícia Federal prenderia os acusados de serem os mandantes do crime: Chiquinho e Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, que teria atrapalhado as investigações para garantir impunidade aos irmãos. “Descobrir que o inimigo estava por perto é mais do que uma estocada contra a Justiça, é um retrato triste da corrupção no Rio e no Brasil.”

Articulada, Bella também tem opiniões fortes sobre outros temas importantes que atravessam a política brasileira. A atriz acredita que o debate sobre a legalização do aborto e das drogas, por exemplo, precisa ser discutido amplamente. “Essas questões já são uma realidade para algumas pessoas, são assuntos que deveriam ser pautados na pasta da saúde pública”, afirma.

Alçada ao sucesso em 2022 como a Muda do remake de “Pantanal”, Bella, no ano passado, também foi destaque em sua segunda novela, “Vai na fé”, ambas da TV Globo. “Ela fez uma leitura incrível da personagem e surpreendeu a cada capítulo, trazendo doçura em momentos difíceis e firmeza na hora certa”, diz a autora Rosane Svartman. A atriz Clara Moneke, parceira em cena, também elogia: “A admiro em todos os aspectos. É responsável e focada em suas metas, além de grande parceira e a melhor companhia para tomar uma cerveja”.

Natural de Cuiabá, capital do Mato Grosso, a atriz se mudou para Florianópolis com a mãe quando tinha 15 anos. Para ajudar nas despesas de casa, conciliava os estudos com um trabalho em comércios. “Morávamos de aluguel. Então, passamos por algumas dificuldades”, lembra-se. “Consegui meu primeiro emprego com 16 anos, numa pet shop. Já atendi em farmácia, e, por último, num café que ficava dentro de um teatro, onde despertou em mim a vontade de atuar. Comecei a fazer uns comerciais por lá, e dois anos depois me mudei para São Paulo à procura de novas oportunidades nessa área.”

A ascensão profissional e a fama vieram rápido, mas não blindaram Bella de sofrer episódios de racismo. O último aconteceu no fim do mês passado, quando a atriz, em um restaurante de luxo na capital paulista, foi confundida com uma garçonete por uma cliente branca. “Não acho que há problema em ser atendente, pelo contrário. A questão é: por que pessoas como ela enxergam no meu corpo o lugar de subserviência? É um olhar condicionado”, diz. “Já sofri por isso em outros momentos, mas não gosto de falar sobre o assunto porque não me define. Quero ser lembrada pelas conquistas.”

A atriz afirma também não se deixar atravessar por comentários inóspitos na internet, mas já rebateu, em vídeo, observações e críticas que recebeu sobre o seu corpo.“Minha barriga estava estufada numa foto e comecei a ser atacada por isso. Houve quem dissesse que eu estava gorda ou grávida”, recorda-se. “Todas as vezes em que estive extremamente magra foi porque estava doente, com crise de ansiedade e não me alimentava direito. Agora, consigo me sentir muito melhor.”

Sair incólume de fofocas que giram em torno de seus romances também não tem sido tarefa fácil. Em setembro do ano passado, viu-se no meio de especulações sobre uma possível traição do seu então namorado, o rapper MC Cabelinho, com quem ficou por quase um ano. A atriz, que chegou a tatuar o nome do músico no braço, não confirmou a infidelidade e nem quis comentar sobre o que decidiu fazer com a homenagem após o término. “Quem deveria responder sobre o que aconteceu é ele. O que posso dizer é que vivemos numa sociedade em que os homens não são responsabilizados pelas suas atitudes. Só fiz o que achei ser melhor para mim.”

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