Jéssica Alves anuncia última intervenção estética após investir R$ 5 milhões em cirurgias plásticas; saiba onde

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Em entrevista ao O GLOBO, Jéssica fala sobre a relação com seu corpo e que deseja fazer apenas mais uma cirurgia, a glotoplastia, que modifica as cordas vocais.

— Já fiz antes, mas não gostei do resultado, quero melhorar minha voz. Mas fora isso estou muito feliz, quero mais nada não — afirma a apresentadora.

Com a primeira cirurgia realizada aos 17 anos, ao longo de 20 anos, viveu altos e baixos em relação à sua autoestima.

— Não foi fácil, foi doloroso, tive complicações e refiz várias, por isso chegou a essa quantidade de cirurgias. Hoje, aos 40, estou saudável, minha saúde é boa, gosto da minha aparência, não quero mexer em mais nada fisicamente.

Jéssica mora na Inglaterra há 20 anos, nasceu no Brasil, mas não se vê mais vivendo por aqui. Ela afirma que sua relação com o país de origem é apenas familiar e que a carreira é totalmente voltada ao público europeu, porque se sente mais aceita.

— Amo o Brasil, mas não tenho mais vida profissional por aí. Só vou para descansar, fico quatro semanas, uma vez por ano, e volto. Me desconectei bastante culturalmente, me sinto um peixe fora d'água porque percebo que minha imagem, meu estilo de vida choca muito o Brasil, algo que já não sinto tanto na Europa. As pessoas daí não são acostumadas a ver alguém como eu — ressalta Alves.

Para lidar com comentários maldosos, Jéssica se blinda completamente nas redes sociais, tendo uma equipe para filtrar o que chega principalmente em seu perfil do Instagram, que acumula 7 milhões de seguidores.

— Prefiro pagar alguém para apagar tudo que pode me machucar. Minha prioridade é meu bem-estar, minha saúde mental, não me afeto mais com nada disso. Não entendo porque as pessoas perdem tempo falando coisas terríveis sobre alguém que não faz mal a ninguém, só estou vivendo minha vida. São pessoas infelizes que não merecem minha atenção — afirma.

Há seis anos Jéssica iniciou a transição de gênero. Anteriormente conhecida na mídia como "Ken humano", a modelo revela que esta fase da sua vida foi essencial para que de fato se entendesse e se recuperasse de uma depressão.

— No auge da minha carreira, quando participei de programas como Big Brother Itália, entrei em depressão. Sentia que estava vendendo uma imagem falsa tanto para as pessoas, como pra mim. Vivia uma enganação. Gênero não é algo que escolhemos, meu cérebro, meus sentimentos, a minha alma, sempre foram femininas, eu sempre fui uma mulher — pondera Alves.

A apresentadora recorda episódios de transfobia e relata ter enfrentado muitas críticas.