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Joia sustentável: conheça a tendência adotada por Jane Fonda

Conceito abrange práticas ecossustentáveis e de inclusão social
El exclusivo a atriz Jane Fonda no Oscar 2020 Foto: Kevin Winter / Getty Images
El exclusivo a atriz Jane Fonda no Oscar 2020 Foto: Kevin Winter / Getty Images

Jane Fonda, do alto de seus 82 anos, mostrou, no domingo passado, na noite do Oscar 2020, seu incansável ativismo. Além de usar um longo reciclado Elie Saab, que havia vestido no Festival de Cannes de 2014, levou a tiracolo um casaco vermelho, com o qual participa de protestos em prol do meio ambiente, e usou joias sustentáveis. No post publicado por ela em seu perfil do Instagram, escreveu: “Com joias Pomellato pelo fato de a marca adotar a extração responsável e ética de ouro e diamantes sustentáveis.”

O tema, um dos mais relevantes na cadeia da moda, atualmente, também é uma preocupação no universo das joias. “A sustentabilidade aparece no upcycling e em práticas ecossustentáveis e de inclusão social”, diz Roseli Duque, presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM). “O selo Amagold (Americas Gold Manufacturers Association), por exemplo, comprova ao lojista se o ouro de um determinado fabricante tem a medida correta, além de dar garantia da sua procedência. Já as empresas fundidoras devem ser associadas à Anoro (Associação Nacional do Ouro), que regulamenta a profissão de garimpeiro e estabelece um código de ética a essa atividade”, emenda. Os diamantes precisam seguir o Processo de Certificação de Diamantes Kimberley (SCPK), criado em 2000 em resolução pela Assembleia Geral da ONU e estabelecido em 2002. Empresas como a HStern são adeptas do documento. O nome Kimberley é de uma cidade da África do Sul que recebeu, em 2000, conferência de produtores de pedras preciosas com objetivo de eliminar o comércio dos chamados “diamantes de sangue” na região. “Esse sistema garante que as pedras têm origem legal”, explica Roseli, que admite ser ainda tímido o acesso a essas pelo consumidor final.

Enquanto grandes redes como a Tiffany aderem a políticas de transparência — desde o início de 2019, a joalheria compartilha com seus clientes a proveniência de seus diamantes —, marcas artesanais, como a carioca Mabity , como a carioca Mabity & Bonjean, investem no upcycling , incentivando a sustentabilidade por outro viés. “É muito comum eu criar a quatro mãos brincos, anéis e pulseiras a partir de peças de família, de valor afetivo, aproveitando a pedra e o metal. A joia é reciclável por princípio.Independentemente do design, nunca é jogada fora”, conclui Mabity Pereira.