A Estação Primeira de Mangueira divulgou as primeiras fantasias que serão desfiladas na Marquês de Sapucaí, em fevereiro do ano que vem. A cantora Alcione, de 75 anos, será homenageada pela escola de samba no carnaval de 2024, com o enredo "A negra voz do amanhã".
Das 27 alas, aproximadamente, a escola revelou as fantasias de apenas seis. A quinta, batizada de "Queimação de palhinha de reisado", representará uma das festas mais tradicionais do Maranhão, estado onde a cantora nasceu.
A nona ala, nomeada de "Arraiá aos santos", homenageará as celebrações juninas e julinas no Maranhão, onde se festejam, especialmente, Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal.
"A partida: 'Formando' o sonho da canção", a décima ala, contará o início da história de Alcione na música. Seu pai, o maestro João Carlos, foi quem a ensinou a cantar, ler partituras e a tocar instrumentos de sopro, como o piston. Mas, antes de engatar como cantora, formou-se professora.
A ala 15 carrega o nome "Figa de Guiné". No início dos anos 1970, Alcione já era uma das grandes vozes da noite carioca. A gravadora Polygran buscava uma sambista negra para seu time de cantores e, então, Jair Rodrigues indica Marrom para integrar a equipe. Após aceitar o convite, em 1972 é lançado o primeiro EP da cantora, trazendo como canção de trabalho a composição de Nei Lopes: “Figa de Guiné”.
A canção Afreketê dá nome à ala 19, que homenageia Xangô, orixá da justiça, que rege também a vida da cantora e inspira todo o figurino.
"Nobre exaltação aos sambas" é o nome da ala 25, que falará sobre a inserção de Alcione no universo das escolas de samba, a partir da década de 1980. Mangueira é a agremiação da cantora, mas Marrom já homenageou outras escolas como Portela, Beija-Flor, União da Ilha, Unidos de São Carlos, Salgueiro, Mocidade e Imperatriz.
Quem quiser adquirir uma das fantasias para desfilar pela Mangueira, é só acessar o site oficial da escola (mangueira.com.br) ou entrar em contato pelo Instagram (@mangueira_oficial).