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"Sou a mulher que compra as pedras preciosas mais lindas do mundo”, afirma Lucia Silvestri, diretora criativa de Joalheria da Bulgari, sacolejando em um riquixá em Jaipur, na Índia, em uma das cenas de abertura de “Inside the dream” (“Por dentro do sonho”). O documentário, disponível no Prime Video, mostra os bastidores da elaboração de colares, anéis e pulseiras, com depoimento da atriz americana Zendaya e do empresário italiano Nicola Bulgari, neto do fundador da marca centenária. Mas a estrela da história é o processo criativo de Lucia — que há 40 anos cuida de todos os detalhes, da compra das gemas ao acabamento artesanal de cada peça.

Lucia começou a trabalhar na Bulgari aos 18 anos, quando a grife tinha apenas cinco lojas pelo mundo — atualmente, são aproximadamente 300, sendo três no Brasil (duas em São Paulo e uma em Goiânia). Filha do motorista da família, a então estudante de Biologia entrou na sala de Nicola com um documento para o empresário assinar, a pedido do pai. “Eu me deparei com uma mesa cheia de pedras: eram diamantes, rubis e safiras. Nunca vou me esquecer. Entrei em choque e comecei a sonhar. Tanto que o senhor Bulgari assinou o documento e me perguntou: ‘Lucia, você está aqui?’”, ela lembra, em entrevista à ELA por chamada de vídeo de Roma, onde nasceu e se criou. “Dois ou três dias depois, o senhor Bulgari me fez passar por um teste, pedindo para eu combinar gemas para um anel duplo: coloquei peridotos com ametistas, ametistas com rubelitas, rubelitas com turmalinas. Ele viu, deu o.k. e falou: ‘next”. Ali, Lucia resolveu trancar a faculdade (“minha família se assustou, queria que eu terminasse os estudos”) e mergulhar no fascinante mundo da alta joalheria.

Um universo predominantemente masculino. “Temos que lutar o dobro do que os homens diariamente. É um mercado tradicionalmente familiar, em que os meninos já nascem prontos para virar homens de negócio. Mas algumas mudanças estão começando a acontecer com a nova geração, cheia de meninas espertas. Principalmente depois do documentário, passei a receber mensagens de mulheres do mundo inteiro e fico muito orgulhosa em ser inspiração. Elas escrevem coisas tão especiais que às vezes choro”, diz Lucia, com os verdes olhos brilhando do outro lado da tela. “Se você acha que consegui algum sucesso, as palavras-chave são: paixão, determinação e sacrifício. Precisei fazer muitas renúncias na minha vida pessoal”, diz Lucia, que não teve filhos. “Era e ainda sou workaholic, movida pela paixão, pela energia e pela força que vêm das gemas. O seu país, aliás, é repleto dessa energia da natureza.” Ela esteve no Rio e na Floresta Amazônica de férias, há 15 anos, com o ex-namorado. “Já está na hora de arrumar um novo fiancé e de voltar ao Brasil, um país tão rico em gemas preciosas que explica por que a população é tão feliz.” Lucia é fã da nossa turmalina Paraíba, descoberta nos anos 1980.

Lucia Silvestri — Foto: Roberta Krasnig
Lucia Silvestri — Foto: Roberta Krasnig

O desafio diário da diretora criativa é conjugar a tradição da Bulgari com design contemporâneo, e seguir criando objetos de desejo. “As origens da grife são greco romanas, já que seu fundador, Sotirio Bulgari, era um artesão grego. Ele foi para a Itália e, em 1884, abriu a primeira loja na Via Sistina, em Roma”, observa Paula Acioli, pesquisadora e analista de moda. “A criatividade na utilização de elementos característicos da cultura clássica nas peças é também distintiva e identitária. Caso das joias inspiradas em narrativas da mitologia da antiguidade, como as que reproduzem moedas, como o próprio logotipo, ou animais, como a serpente, ícones da marca que retornam sempre renovados e desejados”, completa a pesquisadora.

Nas fotos deste ensaio, Lucia optou por usar duas versões do colar Serpenti, ícone da Bulgari que está comemorando 75 anos. “A forma da serpente, limpa, ondulante e com uma ginga já foi a joia de reis e rainhas, mas hoje pode ser usada com jeans, camiseta branca e tênis”, afirma a consultora de moda Regina Martelli. “Consegue ser simples e sexy ao mesmo tempo, assim como poderosa, quando cravejada de brilhantes, ou mais básica, só trabalhada no ouro.”

Lucia Silvestri — Foto: Roberta Krasnig
Lucia Silvestri — Foto: Roberta Krasnig

Se nos anos 1950 e 1960 as grandes musas da marca eram atrizes como Elizabeth Taylor (1932-2011), nos tempos atuais mulheres independentes como a arquiteta Zaha Hadid (1950-2016) inspiram Lucia. Uma nova geração, aliás, que não fica mais à espera de ser presenteada com um anel ou colar. “Quando comecei, mulheres sonhavam com uma ocasião especial para ganhar uma joia. Hoje, elas se presenteiam. Eu mesma sempre me presenteio com uma nova pedra”, diz.

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