Ela
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Por e — Rio de Janeiro

Já se deparou com a hashtag #fillermigration no TikTok? Com centenas de vídeos, alguns que ultrapassam milhões de visualizações, internautas compartilham e comentam sobre os casos de migração de preenchimento, deformidade em procedimentos estéticos realizados principalmente na região facial e dos lábios. Em entrevista à ELA, a cirurgiã plástica Maiéve Corralo e a dermatologista Lidia Machado, da Clínica Juliana Piquet, desvendam a raiz do problema, apontando não para o ácido hialurônico em si, mas para sua aplicação inadequada, que pode resultar na deslocação da substância para áreas não desejadas.

Existem muitas causas para a migração acontecer, a maioria relacionada à técnica utilizada, como explica Lidia. "É possível quando um volume muito grande de preenchedor é injetado; se realizado em locais com onde musculatura está em constante movimento, como lábios e queixo; se é feito numa profundidade inadequada e sobre pressões que levam a substância a mudar de lugar para locais de menor pressão", pondera a dermatologista.

A hashtag é frequentemente associada a nomes como Kylie Jenner, pioneira no preenchimento labial, e Nathalia Valente, influenciadora cuja migração labial viralizou após vídeos de ASMR nos quais ela comia guloseimas como gelatinas e balas. Em julho de 2023, contudo, a criadora de conteúdo compartilhou relato explicando a remoção do ácido hialurônico devido a uma aplicação inadequada.

Maiéve Corralo destaca, ainda, que a chance da migração acontecer é maior quando os preenchedores são definitivos, ou seja, não são absorvidos naturalmente pelo corpo, como faz o ácido hialurônico, o que favorece ainda mais o processo e deformações.

"Substâncias como PMMA (metacryl) e o silicone líquido podem acumular na porção inferior da face e próximo a boca e pálpebras, porque deslizam pelas fáscias musculares, podendo alcançar áreas gigantes", explica, destacando também que deformidade pode ocorrer em preenchimentos em todo o corpo: "Ocorre a migração dos glúteos para a virilha, posterior de coxa e atrás nos joelhos, por exemplo."

Como saber se o preenchimento migrou?

Maiéve destaca que é possível identificar a partir do surgimento de volume ou deformidade em áreas próximas, ou no mesmo membro que um preenchedor foi injetado. Ainda assim, há casos em que somente a avaliação médica vai confirmar: "a ultrassonografia ou a ressonância nuclear magnética podem ser utilizadas para identificar o tipo de produto, a profundidade e os locais de migração", explica.

Como corrigir a migração

Felizmente, além de ser rara de acontecer, não é difícil de ser corrigida quando feita com ácido hialurônico. Nestes casos, aplica-se uma enzima chamada Hialuronidase que absorve e remove todo o produto.

Ainda assim, mesmo que não seja tratada a migração, num período de seis meses até dois, a substância será absorvida naturalmente pelo corpo, como frisa Lidia.

O grande problema é quando o produto utilizado é definitivo, ou seja, não pode ser absorvido: neste caso somente a intervenção cirúrgica resolve, aumentando risco de cicatrizes e possíveis deformidades permanentes. Maiéve alerta: "Os preenchedores definitivos são infinitamente mais baratos, mas as complicações são irreversíveis e impagáveis".

Existem riscos além dos estéticos?

"A migração, além da deformidade estética, pode causar processo inflamatório crônico e dificuldade na drenagem linfática, com edema associado", pontua a cirurgiã.

Por isso, Lidia aponta também a importância de sempre buscar profissionais especializados: "Deve-se procurar sempre um médico, cirurgião plástico ou dermatologista que saiba indicar o melhor tratamento e tratar possíveis complicações e, mais ainda, evitar que elas aconteçam pela indicação do produto correto."

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