Isabelle Drummond compareceu à maior premiação de cinema da França: o Festival de Cannes, evento que reuniu um time de famosas brasileiras. Com uma carreira que vai de "Sítio do Picapau Amarelo" a novelas como "Caras & Bocas", "Cheias de Charme", que voltou a ser reprisada na TV Globo, e "Sete Vidas", a atriz quer cada vez mais assumir projetos autorais.
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Em conversa com a ELA, Isabelle fala sobre inclusão e participação feminina no cinema.
— Acho que no Brasil e em todo lugar no mundo a mulher é quem precisa fazer mais esforço para tomar posições. Acho que os homens estão mais acostumados a se ajudar, a trocar. E quando uma mulher chega, ela precisa provar mais. Mas vejo um movimento feminino se fortalecendo sim, e mais mulheres liderando na indústria. Sinto falta da nova geração, por isso eu quis vir para representar. Para mim, produzir meus projetos é também uma resposta a esse questionamento que eu já vinha me fazendo sobre como eu poderia contar as histórias que desejo ver —, diz.
A artista também avalia o protagonismo das mulheres no mercado audiovisual.
— Precisamos aprender a nos colocar cada vez mais sem perder a essência e até mesmo a sensibilidade feminina, que acho um atributo e uma arma muito forte também. Bem temos a Greta Gerwig como um superexemplo bem sucedido.
![Isabelle Drummond marcou presença no Festival de Cannes — Foto: Getty Images](https://s2-oglobo.glbimg.com/oFUXAxEWK74cA8YkhuraYYcuuiM=/0x0:683x1024/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/H/N/wxsDYhStCwRaKBvznGIQ/gettyimages-2153260222.jpg)
Com tanta visibilidade, Isabelle usa sua voz para difundir ideais positivos e mudanças que precisam ser feitas na nossa sociedade.
— Busco a força mais internamente do que externamente. Força para me posicionar e manter o que acredito. Se formos acreditar no que o mundo nos fala muitas vezes paralisamos. E o mundo é cheio de 'ilusionismos', né? —, destaca.
Isabelle faz ainda um balanço de sua trajetória:
— Sinto orgulho de ter mantido minha essência. De me expressar como gosto, de não me moldar a padrões. Como diz o Ney Matogrosso, 'dizem que não carrego nenhuma bandeira, mas a bandeira sou eu'.