É possível viver sem vesícula? Entenda cirurgia de emergência feita por Cristiano, da dupla com Zé Neto

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Zé Neto irá cumprir a agenda programada de shows e nenhuma apresentação será cancelada.

A ELA conversou com Dr. Lucas Nacif sobre o procedimento que se indica para quando o paciente está com pedra no órgão. O diagnóstico deve ser feito através de avaliação dos sintomas e da realização de exames. O tratamento dessa condição pode incluir uso de remédios ou cirurgia.

— Os sintomas que indicam a necessidade de retirada da vesícula biliar são variados. Porém, um dos sintomas mais comuns é a dor abdominal intensa, que geralmente é sentida na região direita do abdômen. Essa dor pode ocorrer de forma constante ou em ataques agudos, especialmente após as refeições, esses sintomas também estão ligados a náuseas e vômitos. Além da dor, os pacientes podem apresentar dificuldade em digerir alimentos gordurosos, onde ele acaba apresentando um desconforto abdominal, como inchaço ou diarreia e queimação no estômago e podendo também apresentar febre e queda do estado — explica o cirurgião gastrointestinal.

— O diagnóstico é a colecistite aguda, uma condição em que a vesícula biliar fica inflamada por conta de um bloqueio causado por um cálculo biliar, o que resulta na dor abdominal intensa, os cálculos biliares são depósitos sólidos que se formam na vesícula biliar e podem causar obstrução dos ductos biliares. O diagnóstico é feito com base nas queixas de dores apresentadas pelo paciente e também com exames, como a ultrassonografia abdominal, que pode detectar a presença de cálculos biliares e sinais de inflamação na vesícula biliar.

— A cirurgia de vesícula biliar por videolaparoscopia, também conhecida como colecistectomia laparoscópica, é um procedimento minimamente invasivo muito eficaz para a remoção da vesícula biliar. O médico cirurgião remove a vesícula biliar, visualizando através de um monitor. Essa técnica resulta em menos dor, cicatrizes menores e uma recuperação mais rápida em comparação com a cirurgia aberta.

— Com um diagnóstico precoce, a recuperação da cirurgia de vesícula biliar por videolaparoscopia pode ser mais rápida. Muitas vezes, os pacientes podem ser internados no hospital por apenas um dia, dependendo da gravidade e da resposta do corpo por conta da cirurgia. O tempo de recuperação após a cirurgia varia de uma a duas semanas. Durante esse período, é comum sentir algum desconforto, que pode ser controlado com medicamentos prescritos.

— Mesmo que a vesícula tenha um papel importante na digestão, armazenando e liberando bile para ajudar na quebra de gorduras, o corpo é capaz de se adaptar à sua remoção. Após a cirurgia de remoção da vesícula biliar, a bile produzida pelo fígado flui diretamente para o intestino delgado. Apesar da digestão de gorduras possa ser afetada inicialmente após a cirurgia, o paciente precisa seguir uma dieta equilibrada, evitando alimentos muito gordurosos.

— As complicações são raras, mas há riscos de choque séptico e sepse. O choque séptico pode ocorrer quando uma infecção se espalha rapidamente pelo corpo, levando a uma resposta inflamatória sistêmica grave. Se não tratada rapidamente, pode evoluir para sepse, uma situação ainda mais grave que pode ameaçar a vida do paciente. Mas se o paciente seguir o tratamento correto com os antibióticos, a chance de risco se torna baixa.