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Por — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 12/07/2024 - 00:00

Mulheres revolucionam o funk brasileiro com sucesso

Mulheres revolucionam o funk brasileiro com empoderamento e sucesso. Ludmilla, Anitta, Valesca e outras artistas que quebram barreiras no gênero, celebrando o Dia Nacional do Funk. Empresária Kamilla Fialho destaca a importância das mulheres no cenário musical ainda dominado por homens.

Parte importante da cultura brasileira, o funk não seria o mesmo se não fossem as mulheres. Revolucionando e abrindo caminhos no ambiente artístico — ainda muito masculino — as funkeiras expressam nas suas músicas a potência feminina sem medo de mostrar a que vieram. Nesta sexta-feira (12), com aprovação da Comissão de Educação e Cultura e aguardando sanção presidencial, é celebrado o Dia Nacional do Funk. Por isso, reunimos algumas mulheres que fazem história com suas carreiras no gênero musical.

Ludmilla

A cantora Ludmilla em show no festival californiano Coachella — Foto: Reprodução
A cantora Ludmilla em show no festival californiano Coachella — Foto: Reprodução

A 'Rainha da Favela' conquistou o mundo com suas faixas que vão do pop, pagode, trap e, é claro, ao funk. Anteriormente como MC Beyoncé, a cantora marcou gerações com suas letras divertidas e hits "chiclete" como "Fala Mal de Mim", "Cheguei" e "É Hoje".

Tati Quebra Barraco

A MC Tati Quebra Barraco — Foto: Divulgação
A MC Tati Quebra Barraco — Foto: Divulgação

Uma das pioneiras do funk carioca, Tati Quebra Barraco abriu caminhos para muitas outras artistas que investiram no funk depois dela. A dona do hit atemporal "Atoladinha" falou, em entrevista ao GLOBO no ano passado, sobre a força feminina.

— Hoje se fala empoderamento, mas a Tati Quebra Barraco já vem quebrando esse tabu há 25 anos. Eu já falava que a mulher podia fazer o que ela quisesse, que podia pagar o hotel, sim, e que a gente devia ser respeitada. Hoje a situação é muito mais para a frente, mas quantas mulheres a gente ainda está perdendo para o feminicídio, por não aceitarem que não querem mais (ficar com seus parceiros)? — pergunta-se a carioca.

Anitta

Anitta — Foto: Reprodução Instagram
Anitta — Foto: Reprodução Instagram

Anitta iniciou a carreira em 2010, na Furacão 2000, e de lá para cá impactou a cena musical com diversos hits como "Show das Poderosas" e "Envolver", que chegou a ser a música mais reproduzida no Spotify. Atualmente despontando como artista internacional e uma das mais conhecidas cantoras brasileiras da atualidade, resgata as origens no álbum Funk Generation.

Valesca Popozuda

Valesca Popozuda faz show gratuito, no Rio de Janeiro, para comemorar o Dia Nacional do Funk — Foto: Divulgação
Valesca Popozuda faz show gratuito, no Rio de Janeiro, para comemorar o Dia Nacional do Funk — Foto: Divulgação

Integrante da icônica 'Gaiola das Popozudas', Valesca lançou hits nacionais como 'Agora eu tô solteira', 'Bebida que pisca' e 'Tô que tô'. Em carreira solo, ela consolidou seu sucesso com 'Beijinho no Ombro', sendo reconhecida como uma das principais precursoras do gênero no país. Em entrevista ao GLOBO, a musa falou sobre o crescimento do funk e a importância feminina.

— Pra homem tudo pode, tudo é normal. Eles podem cantar sobre amor, sobre sexo, sobre traição, que tá liberado. Se a mulher canta aí parece que tacaram fogo no mundo. Lá no início da Gaiola, tinha uma música que falava que homem de verdade tinha que ter amante. Aí fizemos uma música de resposta, falando que mulher de verdade tem otário para bancar. É sobre colocar a gente em lugar de igualdade. Se falar, vai ter que ouvir. E vai ouvir até parte de falar de merda da gente.

Rebecca

Rebecca — Foto: Divulgação
Rebecca — Foto: Divulgação

Natural do Rio de Janeiro, a MC Rebecca é um grande nome do funk. Dona do hit "Cai de Boca", e "Ao Som do 150", a funkeira considera a participação feminina no gênero uma fonte de empoderamento para meninas periféricas:

— Enfrentei preconceitos e dificuldades, ainda mais por ser uma mulher preta cantando funk proibidão. Para os homens, cantar sobre seus desejos é comum, mas pra gente é diferente. Gravar um clipe com uma mulher rebolando e fazendo coreografias sensuais ou cantando sobre nossas vontades nos faz alvo de muitos julgamentos. Eu sigo firme porque sei que sou uma fonte de inspiração e espero que outras meninas e mulheres entendam que isso não é um problema. É importante que esses trabalhos sejam normalizados, assim como já acontece há muito tempo com cantores homens. Tive poucas referências de mulheres pretas quando comecei e ser um espelho para outras meninas me deixa muito feliz.

MC Carol

'Minha avó tá maluca' é a música mais tocada de MC Carol — Foto: Brenno Carvalho / foto de arquivo
'Minha avó tá maluca' é a música mais tocada de MC Carol — Foto: Brenno Carvalho / foto de arquivo

Conhecendo os hits "Meu Namorado é Maior Otário", "Minha Vó Tá Maluca", 'Liga pro SAMU" e 'Vou Largar de Barriga', é impossível falar de funk e não lembrar de MC Carol de Niterói, um dos maiores nomes do gênero do Brasil. Artista desde 2013, ficou conhecida por suas participações em concursos de funk freestyle, onde improvisava letras engraçadas e irreverentes.

Pocah

Pocah — Foto: Reprodução / Instagram
Pocah — Foto: Reprodução / Instagram

Conhecida anteriormente como MC Pocahontas, Pocah começou no funk em 2010 e nunca largou suas origens. Com a carreira ampliada em 2021, após sua participação no Big Brother Brasil, a cantora entra no hall de uma das funkeiras mais influentes do país.

Kamilla Fialho

Kamilla Fialho, a empresária do funk — Foto: Divulgação
Kamilla Fialho, a empresária do funk — Foto: Divulgação

Trabalhando com funk há 20 anos, Kamilla Fialho é o nome por trás de etapas importantes das carreiras de Anitta, Rebecca, Lexa, Dennis DJ, MC Sapão e Naldo. A empresária, que atualmente trabalha com Kevin O Chris, considera que o funk é a voz das periferias brasileiras. Em entrevista ao Globo, detalhou a vivência enquanto uma figura feminina num gênero musical ainda muito masculinizado.

— O cenário para as mulheres no funk anos atrás era uma realidade muito diferente. O domínio ali era dos homens e por ter que lidar diariamente com eles, eu precisei me adequar aquele ambiente para ser respeitada. A minha maneira de me comportar e de falar não tinha feminilidade e demorou para eu conseguir fazer o contrário. Por um tempo, eu precisei ser uma mulher dura, não podia ser um pouco mais simpática e tinha que saber me posicionar no meio. Isso não acontecia só comigo como empresária, mas com as cantoras de funk da época também — revela.

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