Ela

Teresa Cristina comenta motivação por trás das lives: 'Jeito que sempre fui, mas escondia'

Fenômeno na quarentena, cantora e compositora conta como passou anos escondendo sua inteligência por causa do racismo
Vestido do acervo da cantora Foto: Leandro Tumenas
Vestido do acervo da cantora Foto: Leandro Tumenas

Quando o assunto é live, não tem para ninguém. Teresa Cristina virou a grande musa desse tipo de transmissão, que tem feito tanto sucesso no Brasil desde o início da quarentena. As apresentações da cantora e compositora carioca, de 52 anos, são acompanhadas por milhares de brasileiros diariamente, das 22h à 1h, e já chegaram a uma audiência de 58 mil pessoas numa só edição. Não por acaso, o número de seguidores em sua conta na rede social saltou de 98 mil para 254 mil nos últimos meses e ela já prepara a segunda Roda de Samba da Teresa, essa pelo YouTube, para o próximo sábado.

Capa da Revista Ela, do jornal O Globo, deste domingo, ela falou sobre como a sua empolgação com as transmissões ao vivo tem um motivo especial. “Vivi e reagi ao racismo desde os

6 anos. Era uma aluna aplicada, e minha professora levava as minhas provas na frente da turma e dizia: ‘Vocês têm de ser igual a ela’. Mas a reação dos colegas por eu ser preta e inteligente era muito ruim. E aí, de alguma forma, entendi que precisava esconder a minha inteligência para não ser agredida”, recorda-se. “Muito extrovertida, fui me retraindo com esse medo. Nas lives, eu me vejo de um jeito que sempre fui, mas escondia. É a minha volta para esse lugar. E uma vez que se quebra uma casca, você não se cobre de novo.”

Na matéria completa , ela também fala sobre os bastidores das lives e a relação com os fãs, que mandam até salgadinhos para sua casa, além de compartilhar a sua própria história. Leia aqui.