Pé-direito altíssimo, parede de tijolos, colunas industriais, sinos pendurados no teto e um longo balcão perfeito para um happy hour. Você está no Red Owl Tavern, no hotel Monaco, na Filadélfia (Philly, para os locais). Então, aproveite para pedir uma cerveja e um Philly Cheese Steak (clássico sanduíche de carne desfiada com queijo) e esticar sua viagem na cidade. Perto de Nova York, ela merece mais do que um simples bate e volta, afinal une importantes monumentos da história americana à modernidade e ao luxo de um grande centro mundial. Resultado: um destino imperdível nos EUA.
A cidade conquista os visitantes com seus modernos arranha-céus, muitos ocupados por empresas de tecnologia, que convivem com o berço da república americana.
Às margens do Rio Delaware, na divisa com Nova Jersey, fica a Old City, que reúne o Liberty Bell (o sino rachado que teria anunciado a independência), o Independence Hall (onde foram discutidas e escritas a declaração de independência e a constituição americana) e o recém-inaugurado Museu da Revolução Americana. Esse centro histórico é um dos principais polos de hotelaria e gastronomia da cidade. A Kimpton Hotels, marca com design no DNA, tem duas propriedades ali e planos para uma terceira em 2019, todas em prédios históricos. O Hotel Monaco, inaugurado há cinco anos, é vizinho do Independence Hall. Seu lobby é extravagante, repleto de cores fortes e objetos cheios de personalidade. Palomar, o outro Kimpton na Filadélfia, fica pertinho da Rittenhouse Square. A linda praça está numa das regiões mais charmosas da cidade, repleta de bares, restaurantes, lojas independentes e outros hotéis. Entre comes e bebes, destaque para o Devon Seafood Grill e duas casas de inspiração francesa, a brasserie Le Parc e o bistrô Rouge. Le Parc, parte do portfólio do restaurateur Stephen Starr, é um favorito de moradores e visitantes e serve um steak tartare impecável. Se o tempo permitir, peça mesa ao ar livre para aproveitar o people watching da melhor qualidade.
Os principais museus de arte estão na Benjamin Franklin Parkway. O majestoso Museu de Arte da Filadélfia, com arquitetura inspirada nos templos gregos, deve a fama atual à cultura pop americana. Era em sua escadaria que Rocky Balboa treinava. Hoje, há fila para tirar fotos ao lado da estátua do boxeador interpretado no cinema por Sylvester Stallone, aos pés do Rocky Steps. O museu, o terceiro maior do assunto no país, vai do Renascimento à arte moderna. Pode ficar ainda melhor nos próximos anos, já que o star architect Frank Gehry assina um ambicioso projeto de expansão. Perto estão outras duas ótimas pedidas: a Fundação Barnes, com obras impressionistas e pós-impressionistas, e o Museu Rodin, renovado recentemente, com o maior acervo do escultor fora da Europa.
A Benjamin Franklin Parkway liga o Museu de Arte da Filadélfia à Logan Square, endereço do The Logan. O hotel já foi um Four Seasons e agora é ocupado com louvor pelo grupo Hilton com sua nova e charmosa bandeira, Curio Collection. Sob a marca, o grupo hoteleiro americano agrupa hotéis independentes com forte apelo cultural. Vale almoçar no restaurante Urban Market, mas o programa perfeito é um drinque no bar do terraço. No nono andar, o Assembly é um dos melhores rooftops da cidade e oferece vista panorâmica para a Benjamin Franklin Parkway. No parque em frente, fica a escultura “Amor”, versão de Robert Indiana para sua famosa escultura local “Love”, que no momento está em restauração.
O Love Park, que abriga a escultura original, fica no centro da cidade e passa por obras de recuperação que devem terminar ainda este ano. Muito perto se encontra o Reading Terminal Market, o mercado mais antigo e popular dos Estados Unidos, com dezenas de estandes de comidas locais. Além do tradicional Philly Cheese Steak, tem soft pretzel, queijos artesanais, sorvete de abóbora e outras delícias. Um bom plano para começar a pensar até em voltar à cidade.