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Cancún, Tulum, Playa del Carmen e Cozumel são, disparados, os destinos mais populares da Riviera Maya, no México. Mas, no meio dessa costa de 150 quilômetros banhados pelo mar do Caribe e um sem-número de resorts com sistema all inclusive, existe um lugar ideal para quem busca exclusividade, sustentabilidade e uma experiência bem personalizada. Depois de três anos fechado para reformas, o Maroma, hotel da rede Belmond (a mesma do Copacabana Palace), reabriu as portas neste mês. A presença da abelha Melipona, essencial para a vida selvagem da Península de Yucatán e reverenciada pelos maias há 3 mil anos, é destacada em vários aspectos, desde o cartão de boas-vindas até tratamentos no spa e decoração.

O design do hotel, feito pelo estúdio londrino Tara Bernerd & Partners, incorpora a arquitetura maia com curvas e ângulos para permitir que a energia flua. A sustentabilidade é um pilar importante, com a propriedade de 80 hectares e 72 quartos, entre suítes e villas, sendo certificada pela Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas e envolvida em iniciativas de conservação.

Duas semanas antes do embarque, é enviado ao hóspede um e-mail, do “experience curator”, informando que a viagem começa ali, com detalhes do menu de travesseiros à disposição e cardápios dos restaurantes para verificação de alguma intolerância alimentar. Uma semana depois, é a vez da “personal host” se apresentar pelo correio eletrônico, pedindo horários de voos e iniciando a “imersão” ao compartilhar a trilha sonora feita sob medida, disponível no Spotify.

A piscina renovada — Foto: Divulgação
A piscina renovada — Foto: Divulgação

Ao chegar ao quarto, devidamente equipado com o travesseiro escolhido no cardápio prévio e a trilha sonora em volume aprazível, a “personal host” pergunta se pode desfazer as malas e pendurar as roupas nos amplos armários. “Tara Bernerd e sua equipe selecionaram artesãos locais para trabalharem em conjunto. Oitenta por cento dos móveis e objetos foram feitos artesanalmente no México, com colaboradores como o ceramista José Noé Suro, que desenvolveu mais de 700 mil azulejos pintados à mão para os apartamentos”, conta Marisol Ledesma, relações-públicas e gerente de comunicação do Maroma. A piscina da propriedade foi redesenhada com azulejos de pedra vulcânica, propositalmente nos mesmos tons de turquesa dos muitos cenotes naturais da região. O passeio aos cenotes, aliás, é oferecido aos hóspedes ao estilo da casa: é possível reservar horário para se mergulhar sozinho nos poços de água cristalina. Assim como uma imersão nas grutas com guia particular — não recomendada apenas para claustrofóbicos. O Maromba fica a uma hora de carro das belíssimas ruínas de Tulum. No momento, porém, o acesso está restrito por conta das obras da nova estação de trem, prevista para ser inaugurada em 2024.

Curtis Stone, australiano radicado nos EUA, famoso por sua atuação em programas de TV. “As receitas, sazonais, são inspiradas na produção de agricultores e pescadores. Tudo é preparado no fogo” — Foto: Divulgação
Curtis Stone, australiano radicado nos EUA, famoso por sua atuação em programas de TV. “As receitas, sazonais, são inspiradas na produção de agricultores e pescadores. Tudo é preparado no fogo” — Foto: Divulgação

O hotel tem dois restaurantes, Woodend e Casa Mayor, com cardápios que destacam ingredientes locais e práticas sustentáveis. O primeiro é comandado pelo chef Curtis Stone, australiano radicado nos EUA, famoso por sua atuação em programas de TV. “As receitas, sazonais, são inspiradas na produção de agricultores e pescadores. Tudo é preparado no fogo”, conta Stone, que no início de julho estava lá, passando uma temporada com a mulher, a atriz norte-americana Lindsay Price, e os dois filhos do casal. “Adoro passar férias com a minha família na Riviera Maya e agora tenho a desculpa para vir muitas vezes ao ano”.

Já o Casa Mayor fica sob comando do chef executivo do hotel, o mexicano Daniel Camacho. “Quase 90% dos ingredientes são provenientes do México, metade deles da Península de Yucatán”, conta o chef, membro da #PescaConFuturo. Lá, pode-se provar releituras contemporâneas de pratos à base de tomate, milho e chilli. Para harmonizar, drinques ou vinhos mexicanos. Sim, vinhos mexicanos, especialmente os do Vale de Guadallupe. “De dez anos para cá, os nacionais vivem um boom”, diz o chef.

A “hora do chá” é substituída pela “hora do drinque”, que chega todos os dias às 17h em cada suíte com cartão explicativo, sempre batizado com nomes de deuses maias. Todos são desenvolvidos pela mixologista Ximena Moreno. É ela quem comanda a aula-degustação sobre o tema, “Journey around the agave”, com raicilla, pulque, mezcal e, claro, a tequila — teor alcoólico sempre acima de 40%. “Raicilla, mãe do mezcal e avó da tequila, será o próximo hit. Recebeu liberação para começar a ser exportada há pouco tempo”, comenta Ximena. “Essas bebidas contam a História do México e a influência dos filipinos na produção dos nossos destilados”, completa.

Em novembro, será inaugurado o spa exclusivo em parceria com a Guerlain, o primeiro da marca francesa na América Latina. Até lá, os tratamentos — inspirados na natureza e na abelha Melipona, sempre ela — são realizados nos quartos. Mais uma atração para os exigentes turistas que buscam o destino. O hotel colabora com organizações locais para proteger a abelha e outras espécies. Além disso, participa do programa EarthCheck, promovendo a biodiversidade e conservação de espécies ameaçadas, como aves e tartarugas marinhas — na praia, é comum deparar-se com iguanas e araras coloridas. Em resumo, uma experiência de luxo e com respeito à natureza e à cultura local. Detalhe: diárias a partir de R$ 5.600 — e os brasileiros já estão em segundo lugar dentre os hóspedes, atrás apenas dos norte-americanos.

*A jornalista viajou a convite do Belmond Maroma

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