Viagem
PUBLICIDADE
Por — Rio de Janeiro

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 17/07/2024 - 05:02

Projeto sustentável em Minas Gerais: luxo, natureza e cultura.

O Ibiti Projeto em Minas Gerais combina hospedagem de luxo com ação socioambiental, destacando-se por suas cachoeiras e trilhas extensas. A propriedade oferece experiências únicas, como refeições vegetarianas, interações locais e atrações naturais. Além disso, o local promove a preservação ambiental e a valorização da cultura regional, atraindo visitantes de todo o mundo, inclusive celebridades como Gisele Bündchen. O projeto abrange diversas opções de hospedagem, atividades ao ar livre e eventos, como o festival Muriqui Sounds, contribuindo para a conservação da biodiversidade local.

A natureza da gente não cabe em certeza nenhuma”. A frase de “Grande Sertão: Veredas” está pintada à mão na fachada da Casa Guimarães Rosa, uma das opções de hospedagem do Ibiti Projeto, em Lima Duarte, Minas Gerais. A construção simples guarda outros dizeres inspiradores nas paredes do interior, livros sobre as mesas de cabeceira e conforto máximo, das roupas de cama ao piso de madeira que fica quentinho nas noites mais frias. A proposta conjuga o dia a dia de uma pacata vila com chão de terra batida a serviços cinco estrelas.

Na ida para o café da manhã ou jantar — sempre vegetariano, com produtos locais e orgânicos —, os visitantes podem trocar dois dedos de prosa com os antigos moradores, comprar verduras, brincar com os cachorros da rua e assistir ao concerto de piano no fim de tarde. É um lugar onde o tempo parece passar mais devagar, embora dê para adicionar alguma velocidade com o aluguel de uma bicicleta elétrica (com pedal assistido).

Uma das 27 cachoeiras do Ibiti Projeto — Foto: Daniel Ramalho
Uma das 27 cachoeiras do Ibiti Projeto — Foto: Daniel Ramalho

O refúgio de bem-estar em meio a uma área de seis mil hectares de mata em processo de regeneração, único endereço brasileiro que integra o ranking dos 50 melhores hotéis de luxo do mundo pela americana Robb Report, tem atraído gente do Brasil todo e dos seis continentes, hóspedes que acabam virando assíduos, como a modelo e ativista ambiental Gisele Bündchen. Em janeiro deste ano, ela passou uma semana por lá, na companhia dos filhos, Vivian Lake e Benjamin, e do namorado, o treinador de jiu-jítsu Joaquim Valente. Sempre discreta, alguns dias após a viagem, Gisele compartilhou o álbum das férias em meio ao verde. “Reconectando com o essencial”, escreveu, na legenda das fotos. Foi sua terceira vez no Ibiti Projeto.

Tudo começou em 1982, quando o empresário mineiro Renato Machado comprou a Fazenda do Engenho e transformou o casarão de 1715 em uma pousada, em 2008, que logo ficou famosa pelos jantares a luz de velas nas cavernas e pelas monumentais esculturas de ferro que até hoje são a principal atração turística. De lá para cá, Renato foi adquirindo mais e mais terras, transformando o empreendimento em um amplo projeto socioambiental com foco na preservação de flora e fauna e valorização da cultura local. Há cerca de três anos, ele passou a investir também na Vila do Mongol, em busca de uma vida mais simples, inclusive para ele e a família.

Muriqui, animal ameaçado de extinção — Foto: Daniel Ramalho
Muriqui, animal ameaçado de extinção — Foto: Daniel Ramalho

Lá, além da Guimarães Rosa, há mais três casas para hospedagem que integram o Ibiti Village (diárias a partir de R$ 2.530, para o casal, com pensão completa), cada um com um tema e décor correspondente: Freud, Humboldt Loft e Thomas Sowell. Há também cinco suítes independentes no casarão onde funcionam bar, venda, recepção, cinema e spa. Para os mais aventureiros, o Ibiti Remote disponibiliza três casas no meio do nada, com vistas incríveis e acesso exclusivamente por trilhas. E ainda a oca, construída e ornamentada por indígenas do Xingu, que recebe grupos com o conforto de roupões, cama fofinha e banheira aberta ao verde (R$ 1.800, por pessoa).

As grandes estrelas do Ibiti Projeto são as cerca de 27 cachoeiras catalogadas, a maioria de fácil acesso pelos 300 quilômetros (!) de trilhas, entre trechos de Mata Atlântica e Cerrado. Um dos caminhos sugeridos, de quatro quilômetros, pode ser percorrido com facilidade por iniciantes. Há, todavia, disponibilidade de carros elétricos com tração nas quatro rodas para deslocamentos. A vegetação, as borboletas e os pássaros pelo caminho não deixam de encantar nem os mais antigos visitantes, como a artista plástica Mucki Skowronski, que vai de quatro a cinco vezes por ano. “Defino Ibiti como a Arca de Noé: se o mundo acabar, o projeto sobrevive. Tem energia própria, alimentação, beleza e só gente fina”, diz Mucki, uma #ibitilover confessa.

A oca, construída por indígenas do Xingu, recebe grupos — Foto: Daniel Ramalho
A oca, construída por indígenas do Xingu, recebe grupos — Foto: Daniel Ramalho

“Quando estou lá, gosto de acordar bem cedo, comer o melhor pão de queijo do mundo e caminhar o dia inteiro pelas trilhas e cachoeiras. É inspiração sem fim.” Outro passeio “obrigatório” é o circuito até a “Big Family”, conjunto de sete esculturas feitas com ferro e estruturas de demolição pela norte-americana Karen Cusolito, instaladas na Pedra do Tatu desde 2014. As obras foram apresentadas pela primeira vez em 2007, no Burning Man: no centro delas, havia uma torre de perfuração de petróleo.

“O intuito é mostrar como a nossa ambição tem impacto sobre o meio ambiente”, explica a artista. Os trabalhos, com cerca de 6 toneladas, cada, viajaram de navio da Califórnia ao Porto de Santos, e foram para Ibitipoca de trem. Uma força-tarefa que valeu a pena. “É o cartão-postal do projeto”, atesta o guia Júnior Vicente dos Reis. Naquele cenário, uma vez ao ano, acontece o Muriqui Sounds.

Concertos ao entardecer: programação cultural no casarão da vila — Foto: Daniel Ramalho
Concertos ao entardecer: programação cultural no casarão da vila — Foto: Daniel Ramalho

O nome do festival de música é uma homenagem ao maior primata das Américas. E também uma das 35 espécies mais ameaçadas de extinção do planeta. Em parceria com o Muriqui Instituto de Biodiversidade (MIB), o Ibiti Projeto trabalha para o aumento da população do macaco, que lá pode ser observado na Muriqui’s House, um semi-cativeiro com quatro hectares cercados. Recentemente, nasceu o primeiro muriqui do cativeiro, Eliot, motivo de festa e esperança.

Mais recente Próxima Única companhia aérea a voar Rio-Roma sem escalas oferece clássicos da cozinha italiana
Mais do Globo

BepiColombo, uma missão conjunta europeia e japonesa, concluiu seu último sobrevoo por Mercúrio, enviando uma prévia do planeta cheio de crateras que começará a orbitar em 2026

Novas imagens mostram a superfície de Mercúrio como nunca vista antes;  veja com detalhes nítidos

Supremo Tribunal Federal reservou três semanas para ouvir 85 testemunhas de defesa de cinco réus, sendo que algumas são as mesmas, como os delegados Giniton Lages e Daniel Rosa, que investigaram o caso

Caso Marielle: audiência da ação penal contra irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa será retomada hoje pelo STF

A decisão do candidato da oposição de deixar a Venezuela por temer pela sua vida e pela da sua família ocorreu depois de ter sido processado pelo Ministério Público por cinco crimes relacionados com a sua função eleitoral

Saiba como foi a fuga de Edmundo González, candidato de oposição da Venezuela ameaçado por Nicolás Maduro

Cidade contabiliza 21 casos desde 2022; prefeitura destaca cuidados necessários

Mpox em Niterói: secretária de Saúde diz que doença está sob controle

Esteve por lá Faisal Bin Khalid, da casa real da Arábia Saudita

Um príncipe árabe se esbaldou na loja da brasileira Granado em Paris

Escolhe o que beber pela qualidade de calorias ou pelo açúcar? Compare a cerveja e o refrigerante

Qual bebida tem mais açúcar: refrigerante ou cerveja?

Ex-jogadores Stephen Gostkowski e Malcolm Butler estiveram em São Paulo no fim de semana e, em entrevista exclusiva ao GLOBO, contaram como foi o contato com os torcedores do país

Lendas dos Patriots se surpreendem com carinho dos brasileiros pela NFL: 'Falamos a língua do futebol americano'

Karen Dunn tem treinado candidatos democratas à Presidência desde 2008, e seus métodos foram descritos por uma de suas 'alunas', Hillary Clinton, como 'amor bruto'

Uma advogada sem medo de dizer verdades duras aos políticos: conheça a preparadora de debates de Kamala Harris