Esportes

Os 7 melhores atletas olímpicos de 2021

Caeleb Dressel, nadador americano que ganhou cinco ouros em Tóquio, lidera ranking que tem Rebeca Andrade em segundo. Até dia 31, equipe do GLOBO recordará personagens, times e acontecimentos que marcaram este ano
Os 7 melhores atletas olímpicos de 2021 Foto: Editoria de Arte
Os 7 melhores atletas olímpicos de 2021 Foto: Editoria de Arte

Com um ano de atraso, em virtude da pandemia, as principais estrelas do esporte desembarcaram em Tóquio em busca da glória máxima nas suas modalidades. Nada melhor para iniciar a retrospectiva do ano, portanto, que revisitar os principais destaques olímpicos. Desta quarta-feira até dia 31, rankings elaborados pelos jornalistas de Esportes do GLOBO destacarão os grandes personagens, times e acontecimentos que marcaram 2021.

1. Caeleb Dressel (Natação/Estados Unidos)

O ano olímpico é de Caeleb Dressel, nadador americano que ganhou cinco medalhas de ouro em Tóquio, com direito a novo recorde mundial (49s45 nos 100m borboleta), e mostrou força mental para lidar com a enorme pressão sobre ele.

Quando tinha 17 anos, Dressel já era considerado um fenômeno das piscinas. Mas precisou parar por seis meses, dar um tempo, tamanha a expectativa de um país como os Estados Unidos em relação ao seu talento.

O ciclo de Tóquio-2020 durou cinco anos por causa da pandemia, e as perguntas surgiram: será que ele repetiria o sucesso dos últimos campeonatos mundiais, quando, em 2017 e 2019, ganhou 13 medalhas de ouro e duas de prata? Será que preencheria o vazio deixado pela lenda Michael Phelps?

Bom, Dressel, aos 25 anos, não apenas conseguiu vencer essa guerra interna, como cimentou seu nome na história olímpica. E se tornou o quinto nadador a ganhar ao menos cinco ouros em uma edição dos Jogos.

2. Rebeca Andrade (Ginástica artística/Brasil)

O americano foi barbada nas eleições de Melhor Nadador do Ano da Federação Internacional de Natação (Fina) e de Atleta do Ano da revista “Sports Illustrated”. Na lista do GLOBO, além dele, a ginasta Rebeca Andrade é protagonista. A brasileira conquistou o ouro no salto e a prata no individual geral em Tóquio — tornando-se, assim, a primeira mulher do país a subir ao pódio olímpico na modalidade. Três meses depois, levou o ouro no salto e a prata nas barras assimétricas no Mundial de Kitakyushu. Ela faturou ainda o prêmio de Melhor Atleta do Ano, oferecido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).

3. Elaine Thompson-Herah (Atletismo/Jamaica)

Também no pódio do GLOBO, aparece Elaine Thompson-Herah, a mulher mais rápida do mundo. Ela não só ganhou o ouro na prova dos 100m em Tóquio, deixando para trás a compatriota e favorita Shelly-Ann Fraser-Pryce (ouro em Pequim-2008 e Londres 2012), como estabeleceu uma nova marca mundial. Com 10s61, a jamaicana de 29 anos quebrou em um décimo de segundo o recorde que era da americana Florence Griffith Joyner, de Seul-1988. Elaine nem era nascida quando Florence cruzou a linha de chegada.

Mas a jamaicana fez mais: saiu de Tóquio também com o ouro na prova dos 200m e o segundo tempo mais rápido da História — apenas 0,19 segundo atrás do recorde mundial de Florence, estabelecido há 33 anos. E ainda levou o ouro no revezamento 4x100m. Elaine já havia vencido as duas disputas individuais na Rio-2016.

4. Ariarne Titmus (Natação/Austrália)

Diferentemente de Dressel, a australiana Ariarne Titmus chegou ao Japão sem pressão. Não exercera, como ele, o domínio em campeonatos mundiais. E teria pela frente a americana Katie Ledecky, dona de 15 ouros em Mundiais e de cinco ouros olímpicos até ali (Londres-2012 e Rio-2016).

Em Tóquio, a australiana destronou a americana, ao conquistar duas medalhas de ouro, nos 200m e 400m livre. Foi ainda prata nos 800m livre e bronze com o revezamento 4x200m. Pela façanha, é a quarta colocada no ranking do GLOBO.

5. Armand Duplantis (Salto com vara/Suécia)

O sueco Armand Duplantis, do salto com vara, é o quinto maior destaque de 2021. Mondo, como é conhecido, confirmou seu favoritismo em Tóquio e ganhou a medalha de ouro em sua prova. No ano anterior, havia quebrado os dois recordes mundiais, outdoor e indoor. Este, duas vezes seguidas em menos de uma semana.

6. Sifan Hassan (Atletismo/Holanda)

Tóquio coroou também a holandesa Sifan Hassan como a rainha das provas de fundo do atletismo. Ela venceu os 5 mil e os 10 mil metros, além de ter ficado com o bronze nos 1.500 metros.

Sifan se tornou a primeira atleta a ir ao pódio nas três provas de fundo numa única Olimpíada. E, pelo feito, foi considerada a Atleta Europeia do Ano, prêmio que apenas uma outra holandesa havia abocanhado: a velocista Dafne Schipperes, bicampeã mundial dos 200m (2015 e 2017). Sifan nasceu em Adama, na Etiópia, e, aos 15 anos, foi acolhida como refugiada na Holanda.

7. Eliud Kipchoge (Maratona/Quênia)

O queniano Eliud Kipchoge, dono do recorde mundial da maratona, faturou, no Japão, o bicampeonato da prova mais tradicional dos Jogos. Aos 36 anos, ele entrou para o seleto grupo dos corredores que ganharam a disputa duas vezes consecutivas. Apenas o etíope Abebe Bikila (Roma-1960 e Tóquio-1964) e o alemão Waldemar Cierpinski (Montreal-1976 e Moscou-1980) haviam conseguido o feito.

Kipchogue, dono de nove títulos das maratonas majors, é apontado como o fundista com condições de quebrar a barreira das 2h. Não à toa, é espécie de garoto-propaganda de Paris-2024.