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'Agiu de boa fé': FIA protege Masi, apesar de admitir 'erro humano', e mantém resultado de GP de Abu Dhabi

Em relatório, entidade se posicionou sobre polêmica envolvendo último Grande Prêmio de 2021
Masi não é mais diretor de corridas da Fórmula 1 Foto: FIA/Site oficial
Masi não é mais diretor de corridas da Fórmula 1 Foto: FIA/Site oficial

Às vésperas do GP de Bahrein, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) realizou a primeira reunião do Conselho Mundial em 2022. Nela, a entidade tornou público o relatório feito em relação ao GP de Abu Dhabi, em novembro do ano passado, na corrida que deu a Max Verstappen o título da Fórmula 1.

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No relatório, a FIA concluiu que o ex-diretor de provas Michael Masi “agiu de boa fé e com o melhor de seu conhecimento, dadas as circunstâncias difíceis, particularmente reconhecendo as significativas restrições de tempo para as decisões serem feitas e a imensa pressão exercida pelas equipes”.

Por outro lado, a entidade admitiu que “o erro humano levou ao fato de que nem todos os carros foram autorizados a desfazer as voltas”, ou seja, ultrapassar o safety car. Ao fim, a FIA determinou que, mesmo com o equivoco, o resultado da corrida “é válido, final e não pode ser mudado”. Com isso, Verstappen continua sendo o campeão da última temporada.

Entenda a polêmica

Durante a prova do Grande Prêmio de Abu Dhabi, que definiu o título mundial para Max Verstappen na última volta, em disputa com o britânico Lewis Hamilton, Masi autorizou que apenas os cinco carros retardatários que estavam entre os dois pilotos que disputavam a corrida e o título os ultrapasassem na saída do safety car.

A decisão foi alvo de intensos protestos da Mercedes, que viu Hamilton, seu piloto, ser ultrapassado em disputa direta com Verstappen, da RBR. No comunicado, o presidente da FIA menciona a importância do episódio na decisão.

"Pelas conclusões das análises detalhadas dos eventos do GP de Abu Dhabi e da temporada 2021, fiz a proposta de uma reforma profunda na organização, na arbitragem e na direção de corridas. A proposta foi apoiada de forma unânime pelo CEO da Fórmula 1 e pelos representantes das equipes".

No fim de fevereiro, o australiano foi retirado do cargo de diretor de provas da Fórmula 1. Em seu lugar, estão Niels Wittich e Eduardo Freitas.