Quando Lautaro Martínez recebeu passe na direita e saiu frente a frente com Lloris no lance que originou o gol de Messi na prorrogação contra a França, os jogadores argentinos que estavam no banco de reservas se levantaram. Dois deles entraram em campo para comemorar antes mesmo de o camisa 10 finalizar para fazer seu sétimo gol na Copa do Mundo.
Na internet, torcedores franceses que notaram a existência de dois atletas extras em campo reclamaram do lance, afirmando que o gol deveria ter sido anulado. O árbitro da partida, o polonês Szymon Marciniak, porém, validou o gol.
De acordo com a versão 2022/2023 das regras do futebol, revisadas periodicamente pela associação internacional IFAB (que congrega as federações britânicas de futebol e a Fifa), o árbitro só deve interromper a partida em casos de invasão do campo por algum suplente ou membro da comissão técnica “se houver interferência no jogo”.
“Se a bola se dirigir ao gol e a interferência não impedir um jogador defensor de disputar a bola, o gol será validado se a bola entrar”, diz o texto.
O lance é semelhante ao ocorrido na Libertadores de 2020, na semifinal entre Palmeiras e Atlético-MG, no Mineirão. Na ocasião, o atacante Deyverson, reserva naquele jogo, entrou em campo durante uma jogada de Gabriel Veron antes de o atacante cruzar para Dudu empatar a partida para o time paulista — que acabou se classificando.
O clube mineiro chegou a pedir a anulação da partida por conta do episódio, mas a Conmebol rechaçou o apelo por meio de decisão do presidente da Comissão Disciplinar da confederação, Eduardo Gross Brown. A possível interferência de Deyverson na jogada também já havia sido analisada pelo VAR durante a partida.