Lucas Paquetá tem uma "carta na manga" para rebater as acusações de que levou cartões amarelos deliberadamente em jogos da Premier League para beneficiar amigos apostadores. A defesa do meia do West Ham argumenta que ele pediu ao treinador da época, David Moyes, para deixá-lo de fora de uma partidas sob suspeita, na estreia da temporada nacional 2023/24, contra o Bournemouth.
À epoca, o jogador estava em negociação com o Manchester City e não queria correr o risco de se lesionar. A defesa alega não fazer sentido que Paquetá tenha forçado o cartão amarelo numa partida em que sequer queria atuar.
O jornal inglês The Sun afirma que o brasileiro tentará levantar dúvidas sobre as acusações da Federação Inglesa (FA) com o argumento de que não queria atuar nessa partida, já que estava prestes a concretizar o acerto com o City, que recuou da contratação assim que soube da investigação pelo orgão máximo do futebol inglês.
Além disso, haveria várias fontes no West Ham dispostas a corroborar com essa versão de Paquetá.
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Na ocasião, o brasileiro recebeu a advertência aos 48 minutos do segundo tempo, o que desencadeou as denúncias da FA. O brasileiro é acusado de forçar o cartão amarelo nos jogos contra o Leicester, em 2022, e contra Aston Villa, Leeds United e Bournemouth, em 2023. Estima-se que cerca de 60 pessoas tenham apostado que o brasileiro seria advertido pelo juiz em um ou mais desses jogos. Todas as apostas teriam sido feitas a partir da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, onde o meia nasceu.
O caso de Lucas Paquetá é considerado grave. A Federação Inglesa alega que o brasileiro "procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência das partidas, buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrar com apostas", segundo a nota oficial.
Desde que a investigação veio à tona, o brasileiro sempre se disse inocente e negou ter cometido quaisquer irregularidades. De acordo com o The Sun, ele tem, até esta sexta-feira, para responder às acusações da FA.
Tanto Paquetá como a FA devem apresentar seus argumentos a um Comitê Independente, que é o responsável pelo veredito final. A Federação Inglesa e a defesa do jogador ainda têm o direito de recorrerem da decisão deste Comitê Independente.
O julgamento dos recursos será feito por outra comissão, o Comitê de Apelações na Inglaterra. As partes ainda poderão recorrer, em última instância, à Corte Arbitral do Esporte na Suíça. Uma sentença definitiva pode levar mais de um ano para ser anunciada. Até lá, Paquetá segue em ação, mas se for punido pode levar pena pesada, e até ser banido do futebol.