Mais do que o empate em 1 a 1 contra o Juventude, ontem, que terminou sob vaias no Maracanã, o desequilíbrio entre a temporada do Fluminense no Brasileiro e na Libertadores é a preocupação do momento. Em má fase no nacional, o tricolor tem dificuldades em repetir atuações — e deixar a parte de baixo da tabela.
No Brasileiro, faltam a precisão, o encaixe de marcação, a eficiência e até a sorte que levaram o tricolor aos 14 pontos e às oitavas na Libertadores. Ontem, um novo fator entrou em jogo: uma falha individual. O goleiro Fábio, que joga com os pés com frequência, errou em lance crucial, que deu origem a gol de empate, de Jadson.
— Os erros técnicos são inerentes ao jogo. Todo jogo tem de maior ou menor incidência. Os elencos de 2022 e 2023 também cometeram erros técnicos em diferentes circunstâncias. Ele, aparente como o de hoje, chama mais a atenção da torcida, da imprensa. Mas a gente não pode reduzir o resultado a esse erro. Tivemos outras chances — ponderou o auxiliar Eduardo Barros, que substituiu o suspenso Fernando Diniz.
A boa notícia é o momento inspirado de Marcelo, que vive fase artilheira e de protagonismo. Já havia marcado um golaço sobre o Alianza Lima e ontem abriu o placar cobrando pênalti. Martinelli foi calçado na área por Thiaguinho, após receber passe de Ganso. Foram dos pés de Marcelo, também, que nasceram as melhores jogadas do tricolor.
As entradas de John Kennedy e Renato Augusto ajudaram o time de Barros a ensaiar uma pressão, mas não renderam gols, nem mesmo quando o Juventude teve Popó expulso.
O empate em casa fez o Fluminense voltar a desperdiçar pontos importantes e se manter na parte de baixo da tabela. Ao menos, fora do Z4 nesta rodada. Dos quatro jogos que fez como mandante no campeonato, o tricolor não perdeu, mas empatou três e venceu um. Como visitante, são três derrotas. Apesar de estar no início, o campeonato preocupa em termos de pretensões.
Os números defensivos também mostram que o tricolor mantém duas faces bem diferentes nas competições. Na Libertadores, são cinco gols sofridos em seis jogos. Já no Brasileirão, mais que o dobro: as redes tricolores foram balançadas 13 vezes em sete jogos. É a partir daí que começam as necessidades de correção.