Futebol
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Por e — Rio de Janeiro

Num país que tem o futebol tão popularizado como o Brasil, chega a ser surpreendente que até hoje não haja um calendário de base consolidado. Mas o cenário vem sendo alterado nos últimos anos. Um exemplo disso é o Brasileiro masculino sub-20, cujo pontapé inicial foi dado nesta semana. O torneio chega na 10ª edição consecutiva sob a chancela da CBF. Ainda engatinha se comparado à sua versão adulta. Mas já caiu no gosto do torcedor e ajudou a formar uma cultura de se acompanhar os jogadores antes mesmo de subirem para o elenco principal.

Em dez anos, promoveu jogadores que hoje brilham como adultos. Um dos principais exemplos é o centroavante Pedro, campeão em 2015 com o Fluminense e hoje no Flamengo. Ou o zagueiro Eder Militão, que em 2016 foi até a segunda fase da competição pelo São Paulo e atualmente é um dos principais nomes do Real Madrid.

Para a edição atual, não faltam candidatos a seguir o mesmo caminho. E o campeonato nem contará com Endrick, de 17 anos, que já pulou etapas e brilha pelo time principal do Palmeiras.

Os candidatos a destaque do Brasileiro sub-20 2024 — Foto: Editoria de arte O Globo
Os candidatos a destaque do Brasileiro sub-20 2024 — Foto: Editoria de arte O Globo

O clube paulista é um dos principais candidatos à taça. Aos poucos, a base do futebol brasileiro reflete cada vez mais a categoria principal. Assim como o Palmeiras, o outro grande favorito é o Flamengo, atual campeão e que há três semanas conquistou a Libertadores da categoria. Os dois são os maiores campeões do Brasileiro Sub-20, com dois títulos cada.

A edição atual traz novidades. A principal delas é a fórmula de disputa. Os 20 participantes não são mais divididos em grupos. Agora, jogam em turno único, classificando-se os oito primeiros ao mata-mata. Ao todo, serão 198 jogos até 28 de setembro. É mais do que os 103 dos últimos dois anos.

— Vemos como positivas essas mudanças, deixando o calendário da categoria mais sólido. A formação dos atletas também será aprimorada, fazendo com que eles cheguem mais preparados ao profissional — analisa Jorge Andrade, diretor de formação e transição do Internacional, acompanhado por dirigentes de outros clubes:

— Os atletas vão jogar 10 jogos a mais em alto nível — pontua o gerente de futebol de base do Goiás Eduardo Pinheiro.

— Temos como exemplo o Rikelme, destaque no Brasileirão sub-20 do ano passado e que acabou se tornando titular da equipe profissional. Esse novo formato da competição vai fazer com que tenhamos ainda mais revelações — aposta o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch.

Para os clubes da elite, a competição já substituiu a Copa São Paulo como mais importante para a base. Ter um torneio mais longo, que não só preenche o calendário como simula as condições que os atletas encontrarão na categoria principal, é valorizado por eles.

— A Copa São Paulo está posicionada em um período estratégico do ano. Começa quando todos os outros torneios estão parados. A vitrine é enorme. Já os campeonatos realizados pela CBF completam muito bem o processo formativo dos atletas, pois são mais longos e dão a possibilidade de jogar dentro e fora de casa. Tem deslocamento e a oportunidade de enfrentar diversas escolas de formação da Série A do Brasileirão — opina Antônio Garcia, diretor executivo de futebol de base do Fluminense.

Erisson Matias, gerente das categorias de base do Fortaleza, lembra que a Copa São Paulo tem o valor único de ser mais democrática, oferecendo exposição a jogadores de clubes pequenos. Mas o Brasileiro sub-20 se destaca pelo nível técnico.

— A Copinha é a competição mais democrática, então por isso se torna a maior vitrine, já que oportuniza atletas de clubes de menor porte. Por outro lado, o Campeonato Brasileiro é a competição de maior nível técnico, o que o torna mais importante a nível de formação.

Do ponto de vista do mercado, o Brasileiro sub-20 também é valioso. Enquanto a Copinha representa uma enorme vitrine no começo do ano, o Brasileirão sub-20 se consolida como um período de exposição mais duradouro.

— Os atletas têm oportunidade de performar, disputar um grande número de partidas e serem visto no Brasil e no exterior em uma competição de alto nível. O período é uma boa época para se realizar operações de venda, pois temos a abertura das janelas em julho — aponta o agente Renan Costa, da RCF Sports.

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