Futebol
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Por — Rio de Janeiro

Poucas vezes o tempo de trabalho se apresenta como elemento tão importante como no Uruguai x Brasil, pelas quartas da Copa América, às 22h, em Las Vegas (EUA). Algo raro neste século, a Celeste irá receber os pentacampeões do mundo na condição de grande favorita. Um status que não se reflete quando comparamos os dois lados no papel. Mas que acaba por prevalecer pelo estágio mais avançado do ciclo de Marcelo Bielsa.

E olha que o trabalho do argentino ainda nem pode ser considerado longevo. Bielsa estreou pelo Uruguai há pouco menos de 13 meses, no amistoso contra a Nicarágua. De lá para cá, foram 14 partidas e uma evolução percebida em campo.

É verdade que a seleção de Dorival Júnior tem oscilado na Copa América. Mas também é preciso ser justo e destacar que o trabalho do treinador tem apenas pouco mais de três meses, se for considerada a data de sua estreia (no amistoso contra a Inglaterra).

Estas diferenças no estágio de trabalho ficam evidentes na campanha de cada equipe. Os uruguaios vêm de três vitórias seguidas, com o melhor ataque da competição (9 gols). Por sua vez, o Brasil avançou com um triunfo e dois empates, como segundo de seu grupo.

— Todos sabem que é uma equipe em formação. No período total, estamos há 37 dias juntos. Futebol não pode pular etapas. Temos que encontrar os talentos em um bom sistema coletivo. Nas partidas, erros são mostrados e procuram-se as correções. Críticas vão existir sempre, independente da posição na tabela — ponderou ontem Dorival Júnior, que mandou um recado aos críticos ao seu trabalho até aqui no torneio:

— O trabalho está evoluindo, mesmo que as pessoas não queiram enxergar.

Quando olhamos para o material que cada um tem em mãos, porém, esta diferença de favoritismo não existe. Elenco por elenco, o que está à disposição de Dorival Junior é mais valorizado que o uruguaio. Enquanto o grupo brasileiro tem um valor de mercado estimado em 1,27 bilhão de euros (R$ 7,5 bilhões), o uruguaio vale menos que a metade: 480,1 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões). Os números são do site Transfermakt.

Comparação do valor de mercado entre os elencos do Brasil e Uruguai — Foto: Editoria de Arte
Comparação do valor de mercado entre os elencos do Brasil e Uruguai — Foto: Editoria de Arte

Este melhor momento dos brasileiros individualmente também fica claro quando se destaca as ligas onde cada um atua. Inglaterra, com sete atletas; Espanha (seis), Itália e o próprio Brasil (quatro cada), são os principais fornecedores de nomes para a seleção de Dorival. A lista é completada por Portugal (três) e França (2).

Já Bielsa precisou estender seu olhar para além das principais ligas europeias para montar seu plantel. O maior fornecedor, aliás, é o Brasileirão, onde jogam seis uruguaios. Espanha (quatro), México e Inglaterra (três cada) e Rússia e EUA (dois cada) estão entre as principais origens. Arábia Saudita, Colômbia, Dinamarca, França, Itália e Portugal, com um cada, completam a lista de países nos quais atuam os atletas da Celeste.

Em relação aos 11 que jogarão hoje, é inegável que, do meio para trás, os brasileiros se sobressaem. Já no setor criativo e de ataque há um pouco mais de equilíbrio, principalmente com a ausência de Vini Jr. Ontem, Dorival bateu o martelo por Endrick. O futuro atacante do Real Madrid será testado como referência do ataque.

— O time do Uruguai é qualificado, tem muitos jogadores bons. Mas nosso meio-campo é muito bom. Todos jogam na Premier League. Se pegar nome por nome, a gente tem uma seleção que eles sonhariam em ter — disparou Andreas Pereira na última quinta, numa declaração que repercutiu pela ousadia e por bater de frente com o favoritismo dados aos uruguaios pela força de seu conjunto.

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