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Por Carol Knoploch — Rio de Janeiro

A primeira Copa do Mundo do Oriente Médio começou. Com discursos de inclusão e diversidade, típicos dos chefes de estado em outras edições, a Cerimônia de Abertura, no Catar, teve um "quê" de Jogos Olímpicos.

Assinada pelo diretor Marco Balich, que fez as aberturas das Olimpíadas do Rio-2016 e de Tóquio-2020, além de três edições de Jogos de Inverno, e com Morgan Freeman como mestre de cerimônia, a festa misturou a cultura local, com cantos das torcidas e a história das Copas do Mundo. Bonecos infláveis dos mascotes de outras edições entraram em campo, assim como a representação das 32 camisas das seleções participantes. Foi uma festa bonita e sofisticada, com luzes, led e fogos de artifício, como não se vê em Copas do Mundo.

Mascotes de Copas anteriores — Foto: Raul ARBOLEDA / AFP
Mascotes de Copas anteriores — Foto: Raul ARBOLEDA / AFP

A festa que durou cerca de 30 minutos, no Estádio Al Bayt, chamou a atenção uma vez que foi realizada de noite e, com isso, Balich conseguiu explorar efeitos visuais. Após o show do cantor sul-coreano Jung Kook, da banda de k-pop BTS, e do cantor catari Fahad Al-Kubaisi, Tamim bin Hamad al-Thani, Emir do Catar, fez o discurso de abertura.

-- Recebemos a todos de braços abertos na Copa do Mundo 2022. Nós trabalhamos e fizemos muitos esforços para garantir o sucesso desta edição. Investimos para o bem de toda a humanidade. Durante 28 dias, vamos acompanhar essa festa de futebol nesse espaço de diálogo e civilização. As pessoas, por mais que sejam de culturas, nacionalidades e orientações diferentes, vão se reunir aqui no Catar. Que beleza juntar essas diferenças todas. Desejo a todas as seleções muito sucesso. Para todos vocês meus desejos de felicidades. Bem-vindos a Doha -- disse Tamim bin Hamad al-Thani, apesar críticas que o país vem recebendo seja pela leis contra LGBTQIA+, seja pelas condições de trabalho fornecidas a imigrantes que atuaram na construção de estádios para o torneio.

A festa começou com um vídeo de abertura com um tubarão-baleia, animal simbólico do país, e povos árabes no deserto. A produção se encerrou com representação do estádio Al Bayt, onde aconteceu a abertura. O ator americano Morgan Freeman, que fez a narração do vídeo, apareceu no gramado para falar sobre tolerância e respeito, ao encontrar Ghanim Al Muftah, ativista que nasceu com Síndrome de Regressão Caudal — uma condição rara. Ele é um influenciador catari. O diálogo entre Morgan Freeman e Ghanim Al Muftah tentou reforçar o discurso do Catar de que está aberto a todos.

O ator americano Morgan Freeman (à esquerda) e o YouTuber do Catar Ghanim al Muftah participam da cerimônia de abertura antes da partida de futebol do Grupo A da Copa do Mundo de 2022 do Catar entre Catar e Equador no Estádio Al-Bayt em Al Khor, ao norte de Doha — Foto: Odd ANDERSEN / AFP
O ator americano Morgan Freeman (à esquerda) e o YouTuber do Catar Ghanim al Muftah participam da cerimônia de abertura antes da partida de futebol do Grupo A da Copa do Mundo de 2022 do Catar entre Catar e Equador no Estádio Al-Bayt em Al Khor, ao norte de Doha — Foto: Odd ANDERSEN / AFP

A Cerimônia continuou com os "cantos da nação", músicas tradicionais das torcidas ao redor do mundo. Além de 100 artistas com bastões de led, interagindo com as projeções e ao som de "Waving Flag", bandeiras e grandes camisas das seleções participantes desfilaram no estádio.

Bonecos infláveis dos mascotes, incluindo o Fuleco, do Mundial do Brasil, em 2014, e hinos das Copas anteriores também fizeram parte da Cerimônia. E no final, o mascote oficial da Copa no Catar, La'eeb, com 20 metros de altura por 16 metros de comprimento, foi erguido por hastes.

Agora a bola vai rolar.

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