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Por Davi Ferreira — Rio de Janeiro

Campeão mundial em 2022, o surfista Filipe Toledo foi indicado ao Prêmio Laureus. Considerado o Oscar do esporte, a organização divulgou seus indicados na última semana, e o brasileiro está concorrendo na categoria de Melhor Esportista de Ação. O evento, entretanto, ainda não tem data para acontecer.

Em coletiva virtual nesta segunda-feira, o surfista de 27 anos falou sobre a satisfação de ter realizado o sonho de ser campeão após nove temporadas no Circuito Mundial, e receber esta indicação. Na temporada 2023, já venceu a etapa de Sunset Beach (Havaí), a segunda do calendário. Mirando o bicampeonato, sente que o Laureus é uma motivação.

— Uma honra ter sido indicado ao prêmio. Acho que nunca passou pela minha cabeça. Sempre foi algo um pouco mais distante do que eu imaginava. Traz um extra, algo para a gente botar uma motivação a mais na preparação. Mostra que o caminho realmente vale a pena — afirmou Filipe.

Ao lado de Toledo, também está concorrendo ao prêmio a brasileira Rayssa Leal, skatista de 15 anos que é sensação no esporte e também foi campeã mundial de 2022. Ele citou que ambos nunca se conheceram pessoalmente, apenas trocaram mensagens em redes sociais. Para o surfista, a "Fadinha" tem grandes chances.

— Ela merece. Ela é tão nova e tão influente no que ela faz. Acho que ela merece — salientou.

Também concorrem ao prêmio de Melhor Esportista de Ação a chinesa Eileen Gu, do esqui estilo livre, a norte-americana Chloe Kim, do snowboard, e as surfistas Stephanie Gilmore, australiana oito vezes campeã mundial, e a francesa Justine Dupont, especialista em ondas gigantes.

Os atletas brasileiros querem se juntar a uma seleta lista de nomes que já levaram o Laureus para casa. O ex-nadador paralímpico Daniel Dias venceu três vezes na categoria de "Melhor Atleta com Deficiência". Em 2003, a seleção pentacampeã mundial levou como "Melhor Equipe", junto com Ronaldo Fenômeno, eleito o "Retorno do Ano". Na mesma categoria que Filipe e Rayssa estão concorrendo, o skatista Bob Burnquist foi premiado em 2002.

Integrante da geração do surfe nacional denominada "Brazilian Storm", que conquistou seis dos últimos oito mundiais de surfe, Filipe Toledo pode ser o primeiro a, enfim, conquistar o Laureus. Já tiveram a oportunidade Gabriel Medina (2015 e 2019), Adriano de Souza (2016) e Italo Ferreira (2020). A surfista de ondas gigantes Maya Gabeira concorreu em 2014 e 2019.

Filipe Toledo em coletiva sobre sua indicação ao Laureus — Foto: Reprodução
Filipe Toledo em coletiva sobre sua indicação ao Laureus — Foto: Reprodução

— É algo muito difícil para a gente conquistar. Nosso esporte talvez não tenha tanta visibilidade, mas temos grandes chances de estar recebendo esse prêmio. Ser o primeiro vai ser algo incrível, algo muito marcante para mim. E se não for dessa vez, vamos batalhar forte para voltar e ter a nominação de novo — analisou Filipe.

Ele fez questão de destacar a boa relação entre os brasileiros. Mesmo em um "esporte muito egoísta", como o próprio afirmou, a concorrência é deixada de lado quando estão fora da água. Os treinos conjuntos ajudam um a melhorar o outro:

— Muita gente não consegue diferenciar isso. Temos um relacionamento bom. No final, tudo que a gente tem é a gente mesmo.

Diante de um calendário desafiador em 2023, onde defende seu título e se tornou o alvo a ser batido, Filipe afirma que a preparação está mais leve, após a conquista no ano passado. A indicação ao Laureus e a vitória na etapa de Sunset Beach foram consideradas uma ótima largada pelo surfista. Um outro objetivo é conseguir a vaga nos próximos Jogos Olímpicos-2024, em Paris, na França.

— Energias renovadas, me sinto mais disposto, preparado e feliz. Dediquei 100% da minha vida ao surfe, aos campeonatos, a vencer eventos. Passei por situações bem delicadas, mas foram importantes para eu evoluir e crescer... e hoje estar aqui, com o nome "marcadinho" no prêmio Laureus é muito gratificante — destacou.

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