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Por O Globo

Pouco conhecido do torcedor brasileiro, o centroavante Ari fez sucesso durante sua passagem pelo futebol da Rússia. Ao longo de onze anos, ele atuou por Spartak Moscou, Krasnodar e Lokomotiv Moscou, até retornar para o Brasil para atuar no Atlético-CE, clube do qual também é proprietário. Mesmo com o retorno, o jogador, porém, não perdeu os laços que firmou com o país e defende o presidente Vladimir Putin em declarações públicas.

Casado com a russa Natasha Gryzlova, que mora com o jogador em Fortaleza, Ari chegou a dizer, em abril do ano passado, que "tudo foi iniciado pela América", em relação aos motivos que levaram à invasão da Ucrânia, feita pelos russos meses antes.

Segundo o portal bielorrusso Zerkalo, após longo período vivendo no país e já ambientado com os costumes locais, o jogador disse, em 2019, que comemorava feriados russos, quando admitiu também ter interesse em política.

— Eu pedia para minha esposa me contar tudo sobre política e explicar alguns pontos, mas ela nem sempre tinha paciência. Até me ofereci para pagar por isso — contou o brasileiro, aos risos, em 2022.

Dali em diante, o jogador passaria a se engajar mais na relativização dos motivos que levaram à invasão da Rússia no país vizinho. Em junho, ele chamou de “injusto” o afastamento dos russos de competições internacionais de diversos esportes. Meses depois, ele fez uma série de elogios ao presidente da Rússia.

— Vladimir Putin é um homem bom. Eu sempre falei sobre isso no Brasil também. Todos me perguntaram como é viver na Rússia e quais problemas podem existir. Sempre respondi que está tudo bem, e não há problemas. O que Vladimir Putin quer fazer, ele sempre fará, ele realizará tudo! E será a decisão certa. Zelensky sempre fala, senta e não faz nada, comete erros — disse.

Em outubro, Ari disse que Moscou era a melhor cidade do mundo e a Rússia o melhor país, porque “funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, é muito bonito”: “eu não vejo nenhum ponto negativo”, disse. No mês seguinte, o jogador afirmou que era contra guerras e derramamento de sangue, “mas se Putin fez isso, deve ter motivos sérios”. Ele disse, porém, que "ninguém quer lutar: nem russos nem ucranianos".

Mesmo com o apoio, o jogador também já criticou o governo local, dizendo acreditar que a Rússia “subestimava” o número de casos e mortes por coronavírus durante a pandemia e ter sido alvo de racismo no país.

Em 2018, Ari recebeu a cidadania russa, fazendo sua estreia pela seleção local em novembro daquele ano. A passagem, porém, se limitou a apenas duas partidas e 55 minutos jogados, em um amistoso contra a Alemanha e em uma partida contra a Suécia pela Liga das Nações — derrotas por 3 a 0 e 2 a 0, respectivamente.

Ele chegou a compartilhar uma publicação em celebração ao "Dia da Vitória", o 8 de maio de 1945, data em que os russos celebram a derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

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