Apesar de não esconder sua atração por futebol, o Papa Francisco revelou, em entrevista ao site argentino Infobae, que não acompanhou a final da última Copa do Mundo, quando a Argentina, seu país de origem, se consagrou campeã. Ele conta que, na ocasião, estava na companhia de pilotos da Alitalia e suas esposas.
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O pontífice contou, ainda, que há mais de 30 anos não assiste TV. E lembra o dia exato em que acompanhou algo nas telas: 15 de julho de 1990. Desde então, ele não abriu exceções, nem mesmo para acompanhar o título da Argentina.
— Fui buscar algo e, quando voltei, alguém me disse: “estão ganhando de 3 a 0” — contou o Papa ao portal.
Ele também se recordou de dois jogos da copa, e comentou sobre o que considera ser uma marca na personalidade dos argentinos:
— Em dois jogos, um contra a Holanda e a final, começaram vencendo por 2 a 0; 3 a 1. Fomos para o segundo tempo e acabamos ganhando de pênalti. Nós, argentinos, temos isso: começamos as coisas com entusiasmo e temos uma cultura — não sei, pelo menos eu tenho — de mudar no meio do caminho. E como já nos damos por vencidos antes do tempo, também vencemos antes do tempo — reflete.
Opinião sobre a Nicarágua
Na mesma entrevista, Papa Francisco comentou questões políticas e qualificou a Nicarágua como uma “ditadura grosseira”. Ele declarou que o presidente Daniel Ortega tem um “desequilíbrio”.
As declarações foram feitas dias após o governo do país centro-americano decidir fechar as universidades vinculadas à Igreja Católica.
— Com muito respeito, não me resta senão pensar em um desequilíbrio da pessoa que lidera — disse Francisco, referindo-se a Ortega, no poder desde 2007 e reeleito sucessivamente em votações questionadas.
Na entrevista, o papa argentino fez referência, sem nomeá-lo, ao bispo católico Rolando Álvarez, condenado em fevereiro a 26 anos de prisão por, entre outras acusações, atentar contra a integridade nacional.