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Por Vitor Seta

Poucos torcedores torcedores sofreram tanto quanto os do Sacramento Kings nas últimas duas décadas de NBA. Há 16 anos sem sequer chegar perto de se classificar aos playoffs — a maior seca da história da liga — , a franquia que outrora teve nomes como Mitch Richmond e Chris Webber virou motivo de piada, muitas vezes tratada como um exemplo de como não se administrar um time. Mas a temporada atual marca uma reviravolta das mais intensas que a liga já viu: liderados pelo pivô Domantas Sabonis e pelo armador De'Aaron Fox, os Kings caminham para uma volta triunfante aos playoffs como um das sensações da temporada.

Em sua sexta temporada na equipe californiana, Fox, um dos melhores nomes de sua posição na liga, acompanhou de dentro parte do sofrimento institucional e esportivo dos Kings. Enquanto a franquia sofria para dar a ele um time equilibrado, o camisa 5 evoluía seu jogo numa caminhada quase solitária. Desde 2019, passou a entregar temporadas de mais de 20 pontos e 5 assistências por jogo.

De'Aaron Fox viveu os piores momentos dos Kings — Foto: Sarah Stier/Getty Images/AFP
De'Aaron Fox viveu os piores momentos dos Kings — Foto: Sarah Stier/Getty Images/AFP

Em boa parte dos anos em que terminou nas últimas colocações na Conferência Oeste e adquiriu, como consequência, escolhas altas no draft (seleção de novos jogadores da liga), os Kings erraram de forma consistente. Apesar da escolha por DeMarcus Cousins em 2010, deixaram passar nomes como Devin Booker, o próprio Sabonis, e na mais chocante delas, escolheram Marvin Bagley III no lugar de Luka Doncic, hoje astro da liga pelo Dallas Mavericks, em 2018.

Haliburton por Sabonis: o possível erro que virou o maior acerto dos Kings

Após mais de uma década de movimentos equivocados, os Kings pareciam errar novamente ao envolver o jovem e promissor Tyrese Haliburton, recém-draftado, em uma troca com o Indiana Pacers na reta final da temporada passada. Mas aquele movimento, que também colocou Buddy Hield e Tristan Thompson na rota de saída, trouxe o pivô que mudou o destino da franquia: Domantas Sabonis, filho de Arvyda Sabonis, icônico jogador lituano.

Os primeiros jogos, tanto no fim daquela temporada quanto no início da atual, foram confusos, de adaptação. Mas hoje, Fox e Sabonis formam uma das duplas mais perigosas e comandam o melhor ataque da NBA, com 120,9 pontos por jogo — números que entram no top 20 dos melhores poderios ofensivos da história da liga. Enquanto brigam com os Grizzlies pela segunda colocação na Conferência Oeste, os Kings contam com um Fox de 25,4 pontos e 6,1 assistências por jogo e um Sabonis de 19 pontos, 7,3 assistências e 12,5 rebotes.

"Eu me surpreendi. Fox está nos Kings há muito tempo, o time é dele. E ele me deixa fazer o meu jogo. Não são muitos os armadores que deixam os pivôs com a bola. Ele corre comigo, faz bloqueios, e isso foi o que mais me chocou e o que fez a transição ser fácil. Nenhum de nós nos importamos com quem somos, apenas queremos vencer, diz Sabonis, sobre a parceria, à ESPN.

Sabonis cumprimenta Keegan Murray durante partida — Foto: Ezra Shaw/Getty Images/AFP
Sabonis cumprimenta Keegan Murray durante partida — Foto: Ezra Shaw/Getty Images/AFP

Os números não explicam com exatidão a conexão entre os camisas 5 e 10: o trabalho de pick and roll, os bloqueios e os passes de alto nível de Sabonis, um pivô moderno e inteligente que segue a tendência atual de dominar fundamentos de armação, abrem espaço para rápido e preciso Fox desenvolver o melhor de seu jogo. Treinados por Mike Brown, conhecido por ser um treinador defensivo, os Kings atacam de forma rápida, inventiva e intensa. (veja a partir dos 38s do vídeo a seguir)

Além da dupla, o time conta com performances consistentes do experiente Harrison Barnes e dos jovens Keegan Murray, Malik Monk e Kevin Huerter. O primeiro, escolhido no último draft, enquanto os outros dois foram reforços para agregar à já bem construída base titular — um sinal de novos dias em Sacramento.

— Eu sabia que esse time era diferente. Havia uma pedra fundamental construída no grupo que ninguém (de fora) conseguiria ver. Eu sei a sensação de perder, e mesmo que tenhamos começado mal, senti que estávamos em sintonia, essa é a diferença — diz Fox ao Bleacher Report, numa entrevista em que revelou que poderia ter sido balançado com boas propostas nas duas últimas janelas de troca, dada a frustração que sentia ao não conseguir mudar as coisas na franquia.

Problemas defensivos a melhorar

Naturalmente, ainda há muito a se corrigir nesse recém-formado time competitivo. Os problemas defensivos — é uma das quatro equipes que mais leva pontos por jogo — são os principais deles. O desequilíbrio se vê, por exemplo, na histórica vitória por 176 a 175 sobre os Clippers, em fevereiro, o segundo jogo como mais pontos da NBA. Um desempenho que passa também por necessidades no jogo de Fox e Sabonis do outro lado da quadra.

"Ainda podemos crescer tremendamente na defesa. Acredito que esse grupo é mais do que capaz de melhorar nisso. Estamos trabalhando, vocês podem notar de tempos em tempos. Precisamos chegar a um ponto em que seremos consistentes", afirmou Mike Brown à Sports Illustrated.

Mike Brown, técnico dos Kings — Foto: Sarah Stier/Getty Images/AFP
Mike Brown, técnico dos Kings — Foto: Sarah Stier/Getty Images/AFP

Independentemente do que o futuro guarda para os Kings nos playoffs, a grande campanha na temporada regular já é um alento para uma torcida do raio roxo, conhecida por ser uma das mais apaixonadas da liga. E que depois de tantos anos vendo os rivais de Califónia Golden State Warriors montando uma dinastia, podem sentir novamente o gosto da competitividade.

— Esse grupo acredita nas coisas de uma forma estranha para jogadores que nunca atuaram juntos antes nem tiveram grandes papéis individuais em playoffs e em grandes momentos. É extraordinário, eu não sei exatamente como fazemos isso. Esse poder de acreditar é algo que conversamos sobre inserir (na cultura do time) desde o primeiro dia. De algum jeito já está com eles, eles competem porque acreditam — complementa Brown, que no começo da temporada fez os jogadores assinarem pseudo-contratos individuais garantindo que cumpririam os papeis no time solicitados por ele e por sua comissão técnica.

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