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O clima segue quente nos bastidores do surfe mundial. Depois das polêmicas de julgamento envolvendo baterias no Surf Ranch e os comunicados em forma de desabafo de Gabriel Medina, Filipe Toledo e Italo Ferreira, nesta terça-feira foi a vez de Erik Logan, CEO da World Surf League, divulgar uma nota no site oficial da entidade rebatendo as reclamações quanto às notas.

Duas baterias em especial no Surf Ranch, a piscina de ondas de Kelly Slater, onde foi disputada a sexta etapa do circuito mundial de surfe, geraram muitas reclamações do público, nas redes sociais, e dos surfistas envolvidos: a derrota de Gabriel Medina para o australiano Ethan Ewing, nas quartas de final, e a disputa entre Griffin Colapinto e Italo Ferreira na decisão, com o americano saindo campeão.

"Nós rejeitamos completamente a sugestão de que o julgamento seja de qualquer forma injusto ou preconceituoso. Essas reclamações não são baseadas em nenhuma evidência", diz trecho da nota.

Antes, porém, de defender o julgamento do Surf Ranch, Erik Logan reclama dos comunicados divulgados pelos surfistas brasileiros, definidos como "um pequeno número de atletas". O CEO da WSL diz ainda que as palavras de Medina teriam incitado ameaças a funcionários e surfistas da WSL, como o australiano Ethan Ewing que compartilhou um post em que um brasileiro escreveu "Aqui no Brasil, vamos te matar. Nós vamos te matar. Saquarema será o seu funeral".

"Quero responder diretamente estes comunicados, entretanto, primeiro preciso falar de um assunto muito mais importante. Nos últimos dias, surfistas, juízes da WSL e empregados têm sido vítimas de intimidação, assédio e ameaças de violência, incluindo ameaças de morte, como resultado destes comunicados. Estas coisas nunca deveriam acontecer no nosso esporte ou em qualquer esporte. É importante lembrança a todos que palavras têm consequências. "

"Nenhuma pessoa ou grupo de pessoas está acima da integridade do esporte", encerra o CEO.

Confira a íntegra da carta da WSL:

Para a comunidade WSL,

Quero abordar a conversa que aconteceu em nossa comunidade após o recente evento do Championship Tour no Surf Ranch. Como você provavelmente sabe, um pequeno número de atletas fez declarações questionando o julgamento da competição e os resultados finais.

Quero responder diretamente a essas declarações, mas primeiro precisamos abordar uma questão muito mais importante. Nos últimos dias, vários surfistas, juízes da WSL e funcionários foram vítimas de assédio, intimidação e ameaças de violência, incluindo ameaças de morte como resultado direto dessas declarações. Essas coisas nunca deveriam acontecer em nosso esporte, ou em qualquer esporte, e estamos arrasados com o fato de membros de nossa comunidade estarem sujeitos a isso. É um lembrete importante para todos nós de que as palavras têm consequências. Esperamos que toda a comunidade da WSL esteja conosco na rejeição de todas as formas de assédio e intimidação.

Em termos das declarações feitas, rejeitamos completamente a sugestão de que o julgamento de nossas competições seja de alguma forma injusto ou preconceituoso. Essas alegações não são apoiadas por nenhuma evidência. Primeiramente, os critérios de julgamento são fornecidos aos atletas antes de cada competição. Todos os atletas que competiram no Surf Ranch Pro receberam esses materiais no dia 20 de maio. Todos os atletas tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre os critérios na ocasião. Nenhum dos atletas que fizeram essas declarações, aproveitou essa oportunidade no Surf Ranch Pro.

Em segundo lugar, nossas regras permitem que qualquer atleta revise a nota de qualquer onda e receba uma explicação mais detalhada de como foram pontuadas pelos juízes. Esse processo existe há vários anos e é o resultado direto do trabalho com os surfistas, para trazer mais transparência ao processo de julgamento. Não é apropriado, e é uma violação da política da liga, que os surfistas optem por não se envolver com o processo adequado e, em vez disso, expor suas queixas nas redes sociais.

Vários atletas do Surf Ranch Pro receberam pontos por elementos como progressão e variedade, então é simplesmente incorreto sugerir que eles não sejam levados em consideração nos critérios de julgamento. Além disso, nossas regras foram aplicadas de forma consistente ao longo da temporada, inclusive em eventos que foram vencidos por atletas que agora questionam essas mesmas regras.

O surfe é um esporte com critérios subjetivos em constante evolução e damos boas-vindas a um debate robusto sobre a progressão do nosso esporte e os critérios usados para julgar nossas competições. Porém, é inadmissível que qualquer atleta questione a integridade de nossos juízes que, assim como nossos surfistas, são profissionais de elite. Nenhuma pessoa ou grupo de pessoas está acima da integridade do esporte.

Sinceramente,

Erik Logan

WSL Chief Executive Officer

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