Após morte na Suíça, Tour de France vai usar colchões gigantes para proteger ciclistas

A decisão foi tomada antes da morte do ciclista suíço em uma descida no Tour da Suíça, em meados de junho. Mas ganha uma dimensão particular depois deste “drama que não queremos voltar a viver”, sublinhou Prudhomme, em Bilbao, na véspera do início da 110ª edição da prova francesa.

A medida se enquadra ainda na iniciativa da União Ciclística Internacional (UCI), que apresentou nesta sexta-feira uma nova comissão denominada Safer, destinada a melhorar a segurança dos corredores, após os acidentes ciclísticos terem se tornado cada vez mais numerosos. "A segurança dos corredores é uma busca perpétua", disse Prudhomme a alguns jornalistas, incluindo a AFP.

No Tour 2023, os organizadores vão instalar colchões de 30 metros de comprimento, usados ​​nos campeonatos mundiais de esqui em Courchevel e Méribel, em fevereiro, "para que se um corredor cair naquele lugar" não acabe no vazio.

O diretor da Volta insistiu ainda no trabalho das autoridades para a reparação das estradas, citando, por exemplo, o departamento de Haute-Savoie que “reconstruiu 130 quilômetros de estrada, incluindo dois quilômetros e meio de descida” . "As obras nas estradas não são apenas para o Tour, mas o Tour atua como um acelerador para os reparos", acrescentou.

"Nas descidas, o estado da estrada é decisivo para a segurança. Depois disso, depende essencialmente dos riscos que os ciclistas querem correr", disse o atual campeão do Tour, Jonas Vingegaard, na quinta-feira.

Um novo sistema de sinalização, testado no recente evento Dauphiné, será também utilizado para alertar para perigos, além dos balizadores de som e luz já em vigor há alguns anos. "Prestamos cada vez mais atenção, mas nunca teremos uma solução definitiva. O ciclismo é um esporte magnífico, mas cruel", disse Prudhomme.