Criado em 1877, o Torneio de Wimbledon é o campeonato de tênis mais antigo do mundo e considerado o de maior prestigio. A imagem "chique" do evento londrino, no entanto, vem sendo contestada após uma série de acontecimentos que envolvem até sangue, sexo e drogas serem expostos ao público. O GLOBO listou cinco dos casos mais emblemáticos e escandalosos ocorridos durante a competição, que, neste ano, está prevista para ocorrer entre os dias 3 e 16 de julho.
Nua no gramado
A inglesa Melissa Johnson entrou para história de Wimbledon ao correr nua no gramado, na final de 1996. A mulher branca e loura, que trabalhava no buffet contratado para servir os atletas e funcionários nos bastidores do evento, chamou atenção usando nada além de um pequeno avental de garçonete.
Em entrevistas posteriores à imprensa, a jovem de 23 anos disse que decidiu resgatar a tradição do "streaking" (correr sem roupas em um local público) apenas por diversão.
"Eu sou uma garota malvada, e tenho um lado selvagem. Eu disse para as pessoas que estavam trabalhando comigo: 'Eu vou fazer isso, eu vou tirar meu uniforme'", contou a inglesa então recém-formada no curso de Design da Universidade de Manchester. "Mas meus empregadores ficaram muito irritados. Eles exigiram meu avental de volta. Acho que isso significa que eu estava sendo dispensada. Mas tudo bem, eu fiz só para dar risada, apesar de ter sido encorajada por todos os colegas. Eu sabia que isso nunca tinha sido feito, e alguém tinha que fazer, não é?".
- Jogadores têm contratos inscritos na CBF: Flamengo regulariza Luiz Araújo e Allan, e Sampaoli já pode utilizá-los
- Wimbledon: quatro motivos para acreditar e para duvidar de boa campanha de Bia Haddad
"Quando vi os jogadores entrando, pensei: 'É agora ou nunca', e apenas fui. Não me senti envergonhada", contou a britânica, que, após alguns segundos correndo nua pela quadra, foi escoltada a um posto policial, onde ficou até a partida acabar.
Sexo em sala de oração
Ainda que os jogos de tênis sejam por si só um grande atrativo para lotar as arquibancadas do evento, parece que uma parcela do público vai ao torneio para satisfazer desejos sexuais, segundo o jornal Daily Star. A denúncia ocorreu após torcedores terem sido flagrados enquanto praticavam relações sexuais em salas "silenciosas" de Wimbledon. Os santuários especiais foram projetados como espaços para "oração, meditação ou fuga das multidões".
As reclamações não se restringem apenas ao ambiente do torneio. Moradores de áreas próximas denunciam anualmente a ocorrência de "festas sexuais" nas proximidades de Wimbledon Common.
"Game Sex and Match NÃO, OBRIGADO... Drogas, bebida e festas sexuais não serão toleradas", diz o aviso, encerrado com o recado "aproveite o tênis".
Veja imagens de Bia Haddad em Roland Garros
Soco em raquete
A participação do tenista italiano Fabio Fognini na edição de 2019 do torneio foi marcada por polêmicas. Em um momento de fúria, o atleta socou a raquete até que o sangue do machucado da mão chegasse até o punho.
Fognini também precisou se desculpar após dizer que "gostaria que uma bomba explodisse neste clube" após uma derrota na competição. Sob ameaça de ser banido de dois grandes torneios por usar linguagem misógina com uma árbitra no Aberto dos Estados Unidos, em 2017, o atleta afirmou que "se alguém se sentir ofendido, peço desculpas. Sem problemas".
Drogas no champanhe?
A transmissão do evento flagrou o momento em que dois torcedores colocam uma "substância misteriosa" em uma taça de champanhe. O registro viralizou nas redes sociais durante a edição de 2022. Segundo a mídia inglesa, a dupla não foi identificada.
Acusação de suborno
O russo Daniil Medvedev se complicou na Justiça, em 2017, após acusar uma juíza do torneio de parcialidade e provocá-la após a conclusão de uma partida. Diante da eliminação, o atleta puxou a carteira e jogou moedas para a funcionária do torneio.
Segundo o tenista, a juíza estaria beneficiando o oponente. Medvedev chegou a pedir que a juíza fosse trocada e discutiu com a profissional por ter discordado das marcações de bola.