Infecção, agressão à enfermeira e antivacina: conheça Paulo Borrachinha, lutador afastado do UFC

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"As pessoas acham que infecção crônica é algo simples, eles deviam ver como o cotovelo do Paulo está agora", escreveu Tamara.

Natural da cidade de Contagem, em Minas Gerais, o atleta tem 32 anos, é faixa preta em jiu-jítsu brasileiro e foi participante da terceira edição do reality The Ultimate Fighter: Brasil, da TV Globo, em 2014. Paulinho iniciou sua trajetória no MMA em 2012 e estreou pelo UFC em 2017, aos 26 anos.

Número 6 do ranking dos pesos-médios (84 kg), Borrachinha não compete desde agosto de 2022, quando derrotou Luke Rockhold no UFC 278. Ele acumula 14 vitórias e duas derrotas na carreira como profissional de MMA.

Em maio de 2022, ele se envolveu em polêmica ao ser conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos após ter sido acusado por uma enfermeira de agressão. O caso teria ocorrido em um posto de vacinação contra a Covid-19, localizado em um shopping na cidade de Contagem (MG).

Na ocasião, a Guarda Municipal de Belo Horizonte afirmou que enfermeiras contaram que Paulo Borrachinha foi à sala destinada para aplicação de vacinas e iniciou a confusão que teria culminado na agressão.

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"Foi realizado o preenchimento do cartão. As trabalhadoras contaram que, na hora da aplicação, ele não aceitou se vacinar, queria sair com o cartão e elas não aceitaram. Nesse momento, uma enfermeira levou uma cotovelada", contou o guarda municipal Marco Mota ao g1.

Pouco depois, o atleta utilizou as redes sociais para lamentar a postura da imprensa ao relatar o caso e negar que os fatos relatados pela suposta vítima tenham ocorrido da forma descrita por ela à polícia.

“As recentes matérias veiculadas pela mídia envolvendo o atleta Paulo Costa referente ao ocorrido em um shopping na cidade de Contagem geraram questionamentos, assim, cumpre-nos apresentar alguns esclarecimentos. Sobre as notícias, tendentes ao sensacionalismo, estas são temerárias e inconsistentes, certo que o atleta Paulo Costa e toda sua equipe repudiam e rechaçam todo e qualquer tipo de violência. O atleta profissional de alto desempenho como é o Borrachinha se dedica em tempo integral aos treinos e segue regras, diretrizes e disciplinas, tendo, portanto, filosofia e conduta humana incompatíveis com as alegações a ele dirigidas. As acusações e os fatos narrados não refletem a realidade do ocorrido, os quais serão detidamente apurados e as medidas judiciais cabíveis para o seu perfeito esclarecimento serão tomadas. A equipe técnica e jurídica do atleta Paulo Costa acrescenta, ainda, que estará à disposição para outros esclarecimentos”, escreveu o lutador no Instagram.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou ao GLOBO que, em junho de 2022, encaminhou o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) à Justiça para as providências cabíveis.

Em outubro de 2021, o atleta já havia afirmado que não pretendia se vacinar contra o coronavírus, após o UFC emitir um comunicado explicando que lutadores estrangeiros que não moram nos Estados Unidos precisariam comprovar que tomaram a vacina contra COVID-19 para atuar no país.

“Já tive COVID-19 duas vezes e não tem porque eu vacinar. Não sei qual é a reação da vacina a longo e médio prazo nas pessoas. Então não vejo necessidade de vacinar. Mesmo que eu não tivesse COVID não sei qual seria a reação. Então não vou me vacinar, pelo menos até agora. Não sei quais vão ser os efeitos colaterais da vacina”, disse o lutador em entrevista ao Ag. Fight.

Em entrevista ao podcast "MMA Hoje", a namorada do atleta falou sobre a infecção de bursite vivido pelo lutador desde que chegou a Abu Dhabi para o UFC 294. A infecção voltou a incomodar o brasileiro na semana passada e ele precisou ser operado.

"Esta semana infelizmente o braço dele voltou a inchar. Durante o dia o braço dele estava perfeito, sentindo bem, ótimo. De repente, à noite, o braço começou a inchar. Passamos no médico, fomos à emergência. (O médico) Disse, "Olha, Tamara, parece que a infecção retornou. Provavelmente ele vai precisar tomar medicação antibiótico na veia novamente e eles vão ter que drenar o local". A gente foi pro outro hospital, o médico atendeu ele, drenou o local de novo, viu que tinha pus, coletou uma amostra pra mandar pro laboratório, e infelizmente a resposta foi que a infecção estava ativa de novo. Não dá pra lutar porque o médico disse que ia fazer outro procedimento cirúrgico" contou a empresária.