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Dos 45 mil inscritos para as cinco provas da Maratona do Rio, a média de idade é de 39 anos. Quem está nessa faixa etária sequer era nascido quando a carioca Denise Amaral, prestes a fazer 61 anos, completou os 42km da primeira prova no Rio, em 1983. Neste fim de semana, ela fará mais 63km pelo Desafio Cidade Maravilhosa, que contempla os 21km, nesteo sábado, e a maratona, nesteo domingo.

A trajetória da atleta amadora se confunde com o evento. Desde a primeira prova — em outros moldes e sob outra organização —, ela nunca deixou de participar da festa. Viu o crescimento da marca da Maratona do Rio, que hoje atrai gente de todo o país em número recorde, os avanços da tecnologia (que a ajudou a superar uma leve lesão rapidamente) e o boom de corridas de rua — ano passado a modalidade movimentou mais de R$900 milhões na cidade.

Os números da Maratona do Rio — Foto: Editoria de Arte
Os números da Maratona do Rio — Foto: Editoria de Arte

Das oito unhas perdidas naquela primeira maratona à corrida virtual em meio à pandemia, Denise coleciona histórias, conhecimento e muitos amigos pelas ruas do Rio. Até já abriu mão de correr em alguns anos para estar do outro lado.

— Algumas não participei porque fui trabalhar na organização. Eu achava que precisa retribuir. Ali, soube o quanto é difícil colocar aquele evento para acontecer. Se tiver só três e não quatro alfinetes no kit, já é um problema — brinca Denise, que trabalha numa seguradora e é dona de uma loja de roupa infantil.

Denise presenciou os mais diversos percursos e horários da maratona. Aquela primeira, que completou ao lado da mãe, teve a largada às 16h, no Leme. Algo impensável nos tempos mais profissionais de hoje.

Já subiu a Perimetral, cruzou a Ponte Rio-Niterói, atravessou o sambódromo, passou pelo Rio Antigo em direção à Rio Branco. Mas nada supera a beleza do percurso da orla do Recreio à Zona Sul.

— Pegava parte da Reserva. Era uma paz, um silêncio, escutávamos o barulho das ondas... Tive um chefe americano que me disse: “Vocês não têm noção da beleza desse percurso”. É que estamos acostumados. Mas é lindo fazer uma maratona costeando a praia e com a Floresta da Tijuca do outro lado — recorda Denise, que vê o lado bom do trajeto no Aterro do Flamengo pela grande confraternização pós-corrida.

Maratona do Rio — Foto: Editoria de Arte
Maratona do Rio — Foto: Editoria de Arte

Na maratona deste ano, Denise estará ao lado de muitos estreantes: 26% dos 10 mil inscritos vão fazer os 42km pela primeira vez. Um papo com ela cairia bem aos novatos. Será a sua 182ª em pouco mais de 40 anos. E ela espera completar a 200ª no Rio, como fez nas marcas das 100 e 150 provas.

Não vai demorar muito para quem já correu 29 maratonas de Nova York e completou as Majors (as seis principais provas do mundo) três vezes. Em 2022, Denise se tornou a primeira mulher a ganhar três mandalas pelo feito.

— Maratona não é esse bicho de sete cabeças — diz Denise, que faz até 12 provas num ano, mas sem se precupar com performance. — Somos exemplos horríveis porque os técnicos querem dar uma surra na gente.

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