Vice-campeões há dois anos e por muito pouco impedidos de uma uma presença milagrosa na final da temporada passada, os Celtics eram vendidos, desde as primeiras semanas que antecederam a atual temporada, como os prováveis campeões da NBA. Nesta última segunda-feira, no TD Garden, a franquia enfim confirmou esse favoritismo com mais uma vitória arrasadora sobre o Dallas Mavericks, desta vez por 106 a 88 (a série terminou em 4 a 1). Uma conquista que sempre pareceu previsível, mas uma previsibilidade fruto de um trabalho competente, eficiente e vibrante da quadra à diretoria.
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A franquia foi cirúrgica na offseason. Trocou o carismático e ótimo defensor Marcus Smart em negócio por Kristap Porzingis, um homem de garrafão de elite que o time necessitava. No perímetro e na ala, já tinha dupla Jayson Tatum e Jaylen Brown estabelecida, e ainda buscou Jrue Holiday, um dos armadores mais confiáveis e regulares da NBA atual, para fechar um núcleo fortíssimo.
Estava montado um supertime. Não um emaranhado de estrelas, mas uma equipe completamente estruturada para grandes momentos, criada passo a passo, oportunidade a oportunidade. Com "coadjuvantes" de luxo como Derrick White, Al Horford, Payton Pritchard e Sam Hauser que mantiveram o nível cada vez que eram acionados.
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A identidade de Mazzulla
Quem encontrou a melhor maneira de fazer esse grupo jogar foi Joe Mazzulla. O técnico de apenas 35 anos assumiu interinamente na temporada passada após a polêmica saída de Ime Udoka. Resistiu a críticas, foi bancado pela diretoria de basquete — presidida por quem já esteve naquela posição, Brad Stevens — e apresentou finalmente o produto final que já ensaiava: um time rápido e fortíssimo no small ball, mas com versatilidade para atacar e defender como os jogos pediam, mais físicos ou mais rápidos.
E assim os Celtics derrubavam adversário a adversário na temporada regular, numa campanha de incríveis 64 vitórias, 18 derrotas, segundo melhor ataque da temporada regular (120,6 pontos por jogo) e sexta melhor defesa (109,2 sofridos por partida). Venceram, pelo menos uma vez, 27 das outras 29 equipes da liga — só Atlanta Hawks e Denver Nuggets "escaparam".
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Nos playoffs, o mesmo domínio: se vingaram de Miami num 4 a 1, despacharam Cleveland também por 4 a 1 e varreram o Indiana Pacers nas finais do Leste. Na final, fizeram jogos sólidos em casa e perderam apenas um, em Dallas, para os Mavericks. Três derrotas, no total dos playoffs, sem abrir mão de seu estilo.
Nesta decisão, tinham pela frente uma dupla de armadores das mais letais da liga — Luka Doncic e Kyrie Irving. Era a chance de provar que o núcleo dos "J", reforçado e com a experiência da queda para o Golden State Warriors há dois anos, tinha a capacidade de brilhar mais forte, desta vez como protagonistas. E foi assim: com Jaylen Brown MVP das finais e Jayson Tatum como destaque do jogo 5, ovacionado pelo TD Garden, os Celtics sacramentaram na quadra um trabalho feito de muitos degraus. Ganhou o melhor time da temporada.