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Por O Globo com AFP — Caracas

RESUMO

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GERADO EM: 19/06/2024 - 04:00

Revolução feminina na arbitragem da Copa América 2024

Pela primeira vez na história, oito mulheres, incluindo duas brasileiras, farão parte da arbitragem da Copa América 2024. Edina Alves e Neuza Back quebram barreiras no futebol ao integrarem o time de árbitros do torneio, demonstrando a crescente presença feminina no esporte.

Oito mulheres vão quebrar novas barreiras na arbitragem da Copa América 2024. O torneio de seleções mais antigo do mundo terá pela primeira vez árbitras mulheres e duas delas são brasileiras: Edina Alves e Neuza Back. A venezuelana Migdalia Rodríguez também integrará o quadro da arbitragem para a competição, que começa nesta quinta-feira.

— Sempre que entro em campo, saio com dedicação para fazer o meu trabalho da melhor maneira. Conquistei a posição que tenho hoje — comenta com segurança Rodríguez, bandeirinha de 32 anos, em entrevista à AFP.

A brasileira Edina Alves e a americana Mary Victoria 'Tori' Penso serão árbitras principais, enquanto a brasileira Neuza Back, a colombiana Mary Blanco, a venezuelana Rodríguez e as americanas Brooke Mayo e Kathryn Nesbitt foram escolhidas para estar no evento como assistentes. Por fim, a nicaragüense Tatiana Guzmán trabalhará na arbitragem de vídeo, o VAR. No total, são 101 membros.

— O momento (da consulta) chegou foi uma avalanche de emoções — lembra Rodríguez com um sorriso. — O que fiz foi gritar de emoção. Comecei a pular, porque estava focada nos Jogos Olímpicos, esse era o objetivo principal.

A venezuelana enfatiza que, em 2009, quando começou a atuar como árbitra, "as oportunidades para as mulheres no futebol masculino não eram tão abertas". Hoje, segundo ela, é algo do "cotidiano".

Eventos como a Copa Sul-Americana e a Copa Libertadores já foram paradas anteriores para ela, que se tornou juíza internacional em 2016, em meio a uma abertura cada vez maior para a arbitragem feminina.

— Temos trabalhado para isso. Desde que comecei, minha preparação física sempre foi focada em querer chegar aos torneios masculinos — destaca Rodríguez.

As barreiras vêm caindo desde os tempos em que, após disputar uma partida em Valência, no seu estado natal, Carabobo (centro-norte da Venezuela), foi convidada pelo árbitro internacional Luis Solórzano para um curso de arbitragem. Ela amou aquele mundo.

Um teto de vidro explodiu em mil pedaços na Copa do Mundo do Catar 2022, com árbitras e assistentes, incluindo duas das que estarão na Copa América: Neuza Back e Kathryn Nesbitt.

Em 2021, Edina Alves foi a primeira mulher a apitar um jogo do Mundial de Clubes. A Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, Canadá e México, é o próximo grande desafio para elas.

Conheça as brasileiras que farão parte da arbitragem da Copa América

Edina Alves

Edina Alves já apitou outra Copa do Mundo Feminina, em 2019 — Foto: Thais Magalhães/CBF
Edina Alves já apitou outra Copa do Mundo Feminina, em 2019 — Foto: Thais Magalhães/CBF

Formada em educação física, a árbitra paulista, de 44 anos, faz parte do quadro da CBF desde 2007. Mas ela só começou a fazer história no futebol nos últimos cinco anos. Em maio de 2019, ela foi escalada para apitar o confronto entre CSA e Goiás e se tornou a primeira mulher a comandar um jogo da Série A do Brasileiro, após 14 anos (Silvia Regina de Oliveira foi a precursora). Naquele mesmo ano, ela fez parte da arbitragem da Copa do Mundo feminina na França.

Dois anos depois, ela voltou a ser destaque pelo pioneirismo. Em 2021, Edina foi a primeira mulher a apitar uma partida do futebol masculino numa competição da Fifa, da qual faz parte do quadro de árbitros desde 2016. Ela comandou o jogo entre Al Duhail, do Catar, e o sul-coreano Ulsan Hyundai, pelo Mundial de Clubes. Também naquele ano, a árbitra alcançou mais dois feitos: apitou o clássico entre Corinthians e Palmeiras, pelo Paulistão, e fez parte do primeiro trio feminino a comandar um jogo da Libertadores (Defensa y Justicia x Independiente del Valle).

Edina será um dos seis representantes brasileiros nos Jogos Olímpicos de Paris para os torneios de futebol.

Neuza Back

Neuza Back, assistente de arbitragem, durante testes físicos para o Mundial de Clubes — Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Neuza Back, assistente de arbitragem, durante testes físicos para o Mundial de Clubes — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A árbitra assistente de 39 anos, também formada em educação física, tem sido parceira de Edina Alves nos feitos da arbitragem feminina brasileira. Parte do quadro da CBF desde 2009, ela estreou na Série A do Brasileiro como bandeirinha no confronto entre Grêmio e Barueri daquele ano.

Em 2014, passou a fazer parte do quadro da Fifa como árbitra assistente, e, dois anos depois, foi escalada para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. Considerada a principal assistente do país, Neuza coleciona grandes partidas. Ela fez parte do trio da final da Copa do Brasil de 2019, entre Athletico e Internacional, e da semifinal da Copa do Mundo feminina daquele ano entre Inglaterra e Estados Unidos.

A primeira partida masculina internacional aconteceu em 2020. Neuza fez parte do trio do jogo entre Peñarol e 1 Vélez Sarsfield, pela Copa Sul-Americana. Ao lado de Edina Alves, ela entrou para a história do futebol ao compor o primeiro trio de mulheres numa competição masculina da Fifa (Mundial de Clubes de 2021) e num torneio da Conmebol (Defensa y Justicia x Independiente del Valle, pela Libertadores).

Neuza ainda foi escalada para as Olimpíadas de Tóquio-2020 e para a Copa do Mundo Catar de 2022, sendo uma das seis mulheres que pela primeira vez atuaram num Mundial masculino. Ela também faz parte do quadro dos Jogos de Paris-2024.

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