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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 18/08/2024 - 02:00

Ascensão histórica de Rebeca Andrade no esporte brasileiro

Rebeca Andrade se destaca como um dos maiores nomes do esporte brasileiro, atrás apenas de Ayrton Senna. Pesquisa do GLOBO revela sua ascensão histórica e impacto mundial. A preferência por atletas individuais, como Senna e Rebeca, é atribuída à maior facilidade de idolatria em esportes solitários.

Grande estrela do Time Brasil na Olimpíada de Paris-2024, Rebeca Andrade entrou para a História ao conquistar quatro medalhas em uma só edição de Jogos Olímpicos. Tais feitos não só tornaram a ginasta a maior medalhista olímpica do esporte brasileiro, com seis (duas de ouro, três de prata e uma de bronze), como também colocaram Rebeca no mesmo patamar dos maiores esportistas que o país já teve. Em uma pesquisa conduzida com leitores e jornalistas especializados, o GLOBO mediu o patamar que a campeã olímpica no solo atingiu.

A pesquisa não levou em conta jogadores do futebol masculino, uma escolha editorial que se justifica pela dimensão emocional que a modalidade tem no coração dos brasileiros, muito por conta da torcida para seus clubes, e também pelo óbvio peso de Pelé na história do esporte nacional e mundial.

Primeiro colocado na votação online realizada com o público geral —cada um escolhia um nome em uma lista com 20 atletas pré-selecionados, Ayrton Senna foi predominante entre os 50 jornalistas que participaram da eleição — cada profissional elegeu seu top-5, com pontuação para cada colocação.

Pesquisa do GLOBO elege maiores nomes da História do esporte no Brasil — Foto: Editoria de Arte
Pesquisa do GLOBO elege maiores nomes da História do esporte no Brasil — Foto: Editoria de Arte

Entre os jornalistas, 28 colocaram o ex-piloto na primeira colocação da lista. Especialistas indicam que essa força do principal nome do Brasil no automobilismo se dá pela cultivação da ativação da memória de Senna e pela forma com a qual ele representou o povo brasileiro ao longo de sua trajetória vencedora.

— Estamos diante de inúmeras produções midiáticas pelos 30 anos do falecimento do Senna, que aconteceu enquanto ele atuava como atleta e diante de milhões de espectadores. Um herói que morreu em “combate”. A memória dele também está muito vinculada às narrações, aos bordões de Galvão Bueno — avalia Leda Maria da Costa, professora e pesquisadora do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte da UERJ. Segundo Leda, a questão da memória ativa também funciona para explicar a segunda colocação de Rebeca Andrade. Os feitos alcançados nas últimas semanas, em Paris-2024, fizeram da ginasta brasileira um grande fenômeno no cenário mundial, estrelando campanhas para grandes marcas brasileiras e do exterior.

Ainda assim, a professora e coordenadora do Grupo de Estudos Olímpicos da USP, Katia Rubio, aponta que a posição de Rebeca no imaginário do brasileiro ainda pode ser alterada de acordo com algumas escolhas que a ginasta fizer em relação à sua imagem.

— (O posto) não depende só dessas conquistas dela no esporte. Esse imaginário também é construído a partir de outras ações. Tudo vai depender da cidadã que a Rebeca será para se manter nesse lugar de idolatria — explica.

Em relação às diferenças nas listas, chamam atenção a ausência de Marta na votação do público geral, que valorizou mais os feitos de Adhemar Ferreira da Silva no atletismo. O paulista foi o primeiro brasileiro a ser bicampeão olímpico.

— Acho que o caso da Marta mostra o desprezo pelo futebol feminino e que não vai mudar enquanto o futebol brasileiro não for menos machista. Nem uma medalha de prata ou de ouro fariam diferença nessa construção, porque a representação social de um determinado fato precisa de, às vezes, três ou quatro gerações para ser alterada — diz Katia.

— O Adhemar tem a memória vinculada a dois clubes, São Paulo e Vasco. O São Paulo tem duas estrelas douradas no escudo por causa dele. Ele também teve uma carreira além do esporte, foi jornalista, ator. Teve uma vida pós-atleta muito exitosa — aponta Leda.

O resultado mostra uma predominância de atletas de esportes individuais contra outros de modalidades mais tradicionais, como vôlei e basquete. Segundo as especialistas, isso se dá porque é mais fácil destacar uma figura num tom de idolatria nessas condições, enquanto nas modalidades coletivas os louros são mais compartilhados.

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