Após a prata de Willian Lima, o Brasil conquistou mais uma medalha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Agora, foi a vez de Larissa Pimenta, paulista de 25 anos, vencer a sua luta contra a italiana Odette Giuffrida, atual campeã mundial, e faturar o bronze no judô, na capital francesa, na categoria até 52kg.
Larissa Pimenta perdeu nas quartas de final no judô feminino, mas foi para a repescagem buscar a medalha de bronze. Pimenta se recuperou com um ippon no Golden Score contra a alemã Mascha Ballhaus e uma vitória após a italiana Odette Giuffrida receber a terceira punição (shido), também no Golden Score.
O bronze de Larissa Pimenta é o 18º do judô brasileiro na história das Olimpíadas. Agora, o Brasil conta agora 26 medalhas na modalidade nos Jogos — contando com a prata conquistada por Willian Lima mais cedo.
— Esses foram os anos mais intensos da minha vida. Desde que eu saí de Tóquio, via muitas pessoas satisfeitas por lutar na Olimpíada, porque é satisfatório, é muito difícil chegar até aqui. Saí de lá com um vazio muito grande e não entendia por que. Fui buscar ajuda com Deus, a pessoa que mais me fortalece, e entendi que participar não era suficiente para mim. Sempre entendi que merecia muito mais — comentou Larissa.
Ela lembrou que uma cirurgia que fez no joelho, no ano passado, chegou a abalar o sonho pela Olimpíada, com dificuldades "mais mentais do que físicas" na recuperação.
— Esses três anos foram muito difíceis, muitos altos e baixos. Sempre me questionava, nunca entendi. (As dificuldades) Me mudaram muito, me fizeram crescer e amadurecer. Sempre fui forte, nunca quis ficar vulnerável. No ano passado, tive um acidente (cirurgia), que foi o que mais me deixou vulnerável. Até deixei de sonhar com os Jogos Olímpicos. Mas, por incrível que pareça, foi um dos momentos que mais me fortaleceram.
Parabéns de adversária
Enquanto dava entrevista na zona mista, Larissa ganhou um "parabéns" em português de Amandine Buchard, que a venceu nas quartas de final. Francesa, Buchard acabou ficando com o bronze junto à brasileira.
— Quando terminou a luta, me joguei e ela falou "levanta, não acabou ainda" e foi me levantar. Eu falei "realmente". Fiquei lá, "acabou". E realmente não tinha acabado.