Olimpíadas 2024: Willian Lima perde final para japonês e fica com a prata no judô

O paulista recolocou o Brasil em uma decisão masculina de judô após 24 anos — a última vez havia sido em Sydney-2000 — e ganhou a 25ª medalha do país no judô (Mais tarde, Larissa Pimenta faturou a 26ª, com um bronze em Paris), mantendo o status de esporte com o maior número de pódios na história olímpica brasileira.

— Não vai cair a ficha tão cedo. Não tenho sentimentos e não tenho palavras para explicar. Estou feliz, mas fica um traço de tristeza pela medalha de prata. É muito duro você perder uma luta, uma final, sabendo que você tinha condições, só que eu só percebi no final que eu tinha condições dessa medalha. Ao mesmo tempo, eu fico muito feliz, porque falei que eu ia chegar aqui, conquistar uma medalha e colocar no pescoço do meu filho — disse Willian Lima, após o pódio.

Willian Lima seguiu os passos do ídolo e hoje treinador no Pinheiros Leandro Guilheiro, dono de duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos (Atenas-2004 e Pequim-2008), e levou a sua para casa neste domingo na categoria até 66 kg. Para chegar até lá, manteve a superstição: usar o mesmo banheiro durante toda a competição.

Mas o desejo de William, quando criança, não eram os tatames, mas sim as piscinas. O menino queria ser nadador, mas por não ter idade nem altura à época para entrar na escolinha, ele decidiu fazer judô até que tivesse os requisitos para a natação.

Hoje, o atleta do Pinheiros entende que fez a melhor escolha possível. Desde 2019, ele figura nas principais competições do judô, tendo sido medalha de ouro no Campeonato Mundial de Marrakech de 2019.

Antes de chegar ao pódio olímpico, o sargento da Marinha conquistou o bronze na categoria nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023. Também ano passado, ele venceu seu primeiro título do circuito mundial no Grand Prix em Zagreb, na Croácia.