'Não quero ver vidas sacrificadas', diz judoca de Israel ao ganhar primeira medalha do país em Paris

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Antes, Paltchik ganhou o bronze no masculino até 100 quilos, com vitória sobre o suíço Daniel Eich na repescagem.

Os Jogos de Paris acontecem em plena ofensiva israelense na Faixa de Gaza, motivo pelo qual o Comitê Olímpico Palestino tentou que o COI excluísse Israel do evento, ao considerar que sua campanha militar viola a trégua olímpica. Após seu combate, Paltchik, muito criticado recentemente por polêmicas mensagens nas redes sociais, abraçou seu treinador, que acaba de perder o filho soldado durante o conflito.

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Perguntado sobre as mensagens, agora apagadas, o judoca não quis comentar e se limitou a afirmar que respeita "os valores olímpicos" e que "o mais importante é a paz no mundo".

— Eu não quero ver vidas sacrificadas, vítimas, seja de qual lado for — acrescentou.

Os 88 atletas da delegação israelense contam com várias medidas de segurança na França. A justiça francesa abriu várias investigações por ameaças e insultos contra israelenses.

O conflito em Gaza estourou no dia 7 de outubro do ano passado, quando o comando do movimento islamita palestino Hamas lançou um ataque surpresa no sul de Israel que deixou 1.197 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já matou mais de 39.400 pessoas em Gaza, também civis em sua maioria, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas desde 2007.