Um corte no cavalo Nimrod do Muze, com o qual compete Pedro Veniss, motivou a desclassificação do time do Brasil nos saltos do hipismo na Olimpíada de Paris. Companheiro de equipe, o cavaleiro Stephan Bacha definiu o caso como uma "fatalidade" e pediu revisão da regra. Ele afirmou que os animais são bem-tratados e lamentou a eliminação, já que tirou "a possibilidade real de medalha" dos brasileiros.
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Depois de Veniss, Bacha também saltou nos Jardins do Chateau, do Palácio de Versalhes. Ele já sabia que os juízes estavam avaliando a situação, mas só foi informado da punição em seguida. Rodrigo Pessoa, o cavaleiro seguinte da equipe, nem chegou a competir.
— Foi uma coisa tão ínfima, tão pequena, na qual até os juízes tiveram que discutir muito a questão. E isso ocasionou que demorou. Eu, como integrante da equipe, segui, porque a gente veio muito unido, muito forte, em prol do objetivo, então não poderia em hipótese alguma esperar a situação. Infelizmente, foi a tomada de decisão dos juízes e, no caso, a gente tem que respeitar, concordando ou não — comentou Bacha.
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No Rio-2016, foi Stephan Bacha quem precisou deixar a competição de saltos por equipe. Na ocasião, foi o seu cavalo que se feriu, com um corte de espora. No entanto, havia descarte e a equipe brasileira pôde continuar sem o cavaleiro e o animal. Desta vez, todos foram eliminados.
— Tem que haver, na minha opinião, uma certa subjetividade (na regra). No sentido de uma comissão olhar, entender o que foi, se foi uma fatalidade, se foi um abcesso, e aí você tomar a decisão baseada no que aconteceu realmente, não simplesmente pelo que está escrito — afirmou Bacha, que ressaltou que os animais são bem-tratados, com boa alimentação e cuidado equivalente ao de um "filho".
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Como aconteceu desclassificação?
A notícia da desclassificação demorou a sair. Com isso, deu tempo de Stephan Barcha completar a sua volta. Mas ao fim da segunda rodada, o Brasil apareceu na classificação como desclassificado. Rodrigo Pessoa nem chegou a competir.
Após a volta de Veniss, segundo fontes, o cavalo não estava sangrando. Mas tinha uma espécie de assadura, que pode ter sido causada pelo contato com a barrigueira. Quando o animal saiu da pista, passou por uma primeira avaliação, que não detectou o machucado. Somente em seguida, já durante o banho, um segundo exame foi feito, onde foram encontrados vestígios de sangue.
Em uma foto feita do animal, obtida pelo GLOBO, não se vê claramente o sangue. É preciso ampliá-la para, então, ser possível perceber um leve arranhão. Os vestígios de sangue só foram identificados quando se passou um lenço no animal.
Pedro Veniss e sua montaria estão desclassificados também da prova individual. Já Stephan Bacha, Rodrigo Pessoa e Yuri Mansur estão mantidos no individual.
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