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A ginasta Simone Biles já deixou uma marca nos Jogos Olímpicos para além do talento e das medalhas: a importância da saúde mental. Em Tóquio, a atleta revelou que precisava parar por um tempo para cuidar da saúde mental. A maior estrela daquela edição (e desta também) dos Jogos ajudou a mudar o paradigma de que atletas são super-humanos e não precisam cuidar das emoções. E, em Paris-2024, ela segue os lembrando disso.
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Após duas medalhas de ouro, Biles fez uma postagem de um momento em que ela estava sentada de olhos fechados e meditando durante a competição. "Questões de saúde mental", escreveu a ginasta. Em poucos minutos a publicação já alcançou meio milhão de curtidas.
"Definição de resiliência", respondeu o marido Jonathan Owens. "Você não veio até aqui só para chegar até aqui", comentou a irmã Adria Biles.
O exemplo do legado de mudança de mentalidade que Biles deixou está na estrutura montada pelo COB, que terá uma equipe recorde de psicólogos e psiquiatras credenciados como parte da delegação em Paris.
Ao todo, serão cinco psicólogos e um psiquiatra do esporte, além de outros cinco profissionais levados pelas confederações. Também haverá atendimento virtual, com salas preparadas para que os atletas façam sessões remotas.
Ao longo deste ciclo olímpico, o COB intensificou suas ações, segundo Eduardo Cillo, coordenador da área. O time de 17 psicólogos e um psiquiatra participou de laboratórios com jovens atletas, treinamentos e competições pelo mundo. E também esteve presente nos últimos preparativos e na aclimatação pela Europa.
