Olimpíadas
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Por — Rio de Janeiro, RJ

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GERADO EM: 02/08/2024 - 19:34

Atletas neutros brilham em Paris sob sigla AIN

Atletas neutros da Rússia e Bielorrússia conquistam medalhas em Paris sem bandeira e hino, em competição sob sigla de AIN. Litvinovich e Bardzilouskaya vencem ouro e prata na ginástica de trampolim, seguindo regras do COI devido ao banimento de seus países por questões políticas. Menos atletas participam, mas se destacam no pódio, superando chineses e britânicos, em uma situação de perplexidade e burstiness nas competições.

Ivan Litvinovich, de 23 anos, defendeu com tranquilidade o título olímpico da ginástica de trampolim. Mas ao contrário de Tóquio, quando vestido com as cores de seu país viu hastear a bandeira da Bielorrússia, Ivan recebeu a medalha de ouro em silêncio, com uniforme e emblema diferentes. Ele e a compatriota Viyaleta Bardzilouskaya, prata no feminino da mesma modalidade, conquistaram ontem as primeiras medalhas dos Atletas Neutros Internacionais (AIN, na sigla em inglês), como são chamados os esportistas da Rússia e Bielorrúsia que aceitaram as condições do Comitê Olímpico Internacional (COI) para competir em Paris.

Os dois países estão banidos das competições internacionais por causa da Guerra da Ucrânia desde fevereiro de 2022. No fim do ano passado, o COI anunciou que os competidores deveriam integrar o AIN, proibidos de usar bandeiras ou hinos nacionais e que ficariam fora do quadro oficial de medalhas. Em vez disso, eles disputam com uniformes verde-água, nas cores da bandeira criada, ou com trajes de tons sóbrios. Nada de azul e vermelho, da Rússia, ou verde e vermelho, dos bielorrussos. O hino oferecido pelo COI, uma melodia triunfante de 1min20, não tem letra. Além disso, eles ficaram fora da Cerimônia de Abertura, nas águas do Rio Sena, semana passada, e não podem usar qualquer referência a seus países mesmo longe das competições.

Ao todo, 15 atletas russos e 17 bielorrussos aceitaram o convite do COI para Paris, número consideravelmente abaixo das delegações que os dois países costumam classificar. Estão inscritos em modalidades como ciclismo, levantamento de peso, wrestling, remo, tiro esportivo e natação. Vários esportivas, como o tenista russo Andrey Rublev e as bielorrussas Aryna Sabalenka e Victoria Azarenka, decidiram não participar. Delegações inteiras, como o judô, declinaram.

Viyaleta Bardzilouskaya, atleta neutra, posa com a medalha de prata na final da Ginástica de Trampolim — Foto: Lionel BONAVENTURE / AFP
Viyaleta Bardzilouskaya, atleta neutra, posa com a medalha de prata na final da Ginástica de Trampolim — Foto: Lionel BONAVENTURE / AFP

Não é a primeira vez que russos participam sob outra bandeira, por diferentes questões. Em 1992, diante da dissolução soviética, 12 ex-repúblicas do bloco disputaram os Jogos de Barcelona como Comunidade dos Estados Independentes (CEI), usando a bandeira olímpica. Em Tóquio-2020, russos voltaram a evocar os anéis sob o nome de Comitê Olímpico Russo (ROC, em inglês), devido à punição pelo esquema estatal de dopagem.

Para chegar ao lugar mais alto do pódio, Litvinovich marcou 63.090 na rodada final, mais de mil pontos à frente dos chineses Wang Zisai e Yang Langyu. Poucas horas antes, Viyaleta Bardzilouskaya havia fechado sua participação com 56.060 pontos, atrás da britânica Bryony Page (ouro) e superando a canadense Sophiane Methot (bronze). Bardzilouskaya, de 19 anos, não competiu internacionalmente por dois anos, devido às sanções da Federação Internacional de Ginástica pela Guerra com a Ucrânia.

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