Olimpíadas
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Por — Rio de Janeiro

Uma medalha de bronze com gosto amargo foi a conquista de Beatriz Ferreira no boxe em Paris-2024, após perder a semifinal da categoria até 60kg. No reencontro com a irlandesa Kellie Harrington, mesma adversária que havia a derrotado na final de Tóquio-2020, a pugilista brasileira saiu novamente derrotada.

A pugilista se tornou a primeira brasileira a conquistar mais de uma medalha olímpica na história dos Jogos Olímpicos, o que deveria ser motivo de celebração. Mas não foi o sentimento do treinador da seleção brasileira de boxe, Mateus Alves.

— O Brasil foi vergonhoso (nos Jogos Olímpicos), foi uma bosta. Tenho que assumir a culpa como head coach. Fizemos um ciclo impecável, campeão dos principais torneios, sul-americano, campeão por equipes nos Jogos Pan-americanos, quatro medalhas em Campeonatos Mundiais... se um time faz isso em três anos, tem que cumprir nos Jogos Olímpicos. Mas a equipe sucumbiu à pressão psicológica do evento. Estou totalmente insatisfeito com o masculino. A Bia fez a parte dela, mas também sentiu muito a pressão e não lutou 100%.

O boxe brasileiro havia conquistado três medalhas, sendo uma de cada cor, em Tóquio-2020. E, em Paris-2024, diante de todos os resultados apresentados ao longo do ciclo, a expectativa era por um número maior de pódios. O treinador falava em duas medalhas, mas esperava atuações mais convincentes de seus comandados.

— Estou há 48 horas sem dormir, revisando as lutas, tentando encontrar um motivo para a equipe não ter conseguido desempenhar. Não é só questão de adversário, é também de exposição e responsabilidade. Ouvi gente dizer que o boxe era carro-chefe, ia pegar seis medalhas, e isso pressiona a equipe. Não é desculpa de derrota, é um fato. Nos últimos seis meses, houve uma mudança drástica de patrocínio, mídia, televisão... Se quer visibilidade e dinheiro, tem que aprender a viver com cobrança. Não cumprimos a meta, e vai ter que mudar alguma coisa.

Bia ficou abatida com a derrota deste sábado. Ao passar pela área de entrevistas, fez uma breve análise do resultado e seguiu em direção ao vestiário chorando. Na visão de Mateus, ela não seguiu à risca a tática planejada.

— A Bia não tem característica de lutar de longa distância, então, se fizer isso, terá desvantagem. A questão é que ela atirou poucos golpes. No terceiro round, que ela precisava virar, não teve o número de golpes precisos. No segundo, que ela ganhou por 3 a 2, foi melhor porque ela encurtou a distância. Do outro lado tinha uma campeã olímpica, campeã europeia, uma atleta do mesmo nível da Bia.

A semifinal foi a última luta da brasileira como atleta da equipe olímpica de boxe. A partir de agora, Bia se dedicará exclusivamente à carreira profissional.

Neste domingo, o boxe brasileiro volta ao ringue com a última pugilista que segue viva dentre os dez que disputaram os Jogos de Paris. Jucielen Romeu, da categoria até 57kg, enfrenta a turca Esra Yildiz pelas quartas de final e, se vencer, garante no mínimo a medalha de bronze.

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