Destaque no bronze do Brasil no judô por equipes, Rafaela Silva contou que torceu para ser sorteada pela roleta eletrônica após a decisão da medalha ir para o desempate com o time italiano. Com 3 a 3 no placar, era preciso saber qual categoria seria a escolhida. Olhando para o telão onde o sorteio foi realizado, ela disse que ficou pulando e falando: "57, 57, 57!", o peso de Rafa.
Qualquer um dos seis judocas na disputa poderia ser sorteado, mas Rafaela sabia o quão estava preparada para ser ela a decidir a medalha de bronze.
-- Quando a Kequinha (Ketleyn Quadros) perdeu, eu perdi me perdi nas contagens e falei: "Não acredito que a gente perdeu de novo". Quando eu olhei para frente dava empatado no placar. No sorteio, subi no tatame e fiquei falando 57, 57, pois eu queria lutar de novo. Eu estava muito focada, muito determinada. A última vez em que eu lutei com essa atleta da Itália, ela conseguiu me enrolar, mas agora não iria -- disse Rafaela.
E, ela pôde, enfim, voltar a sorrir em Paris após a frustração da perda do pódio no individual da categoria +57kg.
--Como eu falei em uma entrevista, a "Rafaela sempre volta" e eu consegui voltar oito anos depois para uma Olimpíada novamente. Estou muito feliz de ter contribuído para essa medalha inédita para o judô brasileiro -- disse.
Com a medalha de bronze, a quarta em Paris-2024, o judô brasileiro soma agora 28 medalhas na história da modalidade.
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