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Imane Khelif, que se tornou centro de uma grande polêmica em torno de seu gênero, comemorou a marca de um milhão de seguidores no instagram, nas redes sociais. A boxeadora argelina se tornou alvo de campanha pela sua exclusão das Olimpíadas de 2024, após vencer Angela Carini. Na ocasião, a italiana sentiu muitas dores com os socos da adversária e desistiu da luta, ainda no primeiro round.
Após atingir a expressiva marca no Instagram, Khelif utilizou da rede social para publicar um agradecimento às pessoas que vem a apoiando, além de afirmar que estão todos juntos fazendo história.
"Obrigada à cada um de vocês pelo apoio incrível! Esta jornada não seria a mesma sem todos vocês. Juntos, estamos fazendo história, com um soco de cada vez. Fiquem ligar para mais momentos emocionantes!", publicou a boxeadora argelina.
As imagens da vitória de Khelif sobre Angela Carini, que desistiu do combate após apenas 46 segundos depois de sofrer vários golpes, provocaram um incêndio nas redes sociais com várias referências do esporte e figuras políticas pedindo sua exclusão dos Jogos, enquanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) defendiam sua presença em Paris. O momento de glória da argelina na categoria do meio-médio acabou ofuscada pela disseminação de informação falsa de que ela seria uma atleta transgênero.
No ano passado, as pugilistas Imane Khelif e a taiwanesa Lin Yu-ting foram desclassificadas da Copa do Mundo, em Nova Delhi, organizada pela IBA — hoje descredenciada —, após serem reprovadas nos testes de elegibilidade. A medalha de bronze de Lin foi inclusive retirada depois que ela não passou em exames “biomédicos” encomendados pela federação.
Com isso, as duas sofreram inúmeros ataques de internautas e até de companheiras de profissão, como Caitlin Parker, da categoria até 75 kg, que considerou "perigoso" ter a participação de atletas que não passaram em teste de gênero.
O tema mobilizou as redes, com ataques que levaram o Comitê Olímpico Internacional (COI) a se pronunciar. Nesta quinta-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI) emitiu um comunicado informando que as atletas sofreram ataques enganosos em redes sociais e classificando os testes aplicados pela IBA como pouco claros e arbitrários. Antes disso, ambas sempre estiveram nos parâmetros estabelecidos pelo COI e pela Unidade de Boxe de Paris 2024 (PBU).
Após vencer a húngara Anna Luca Hamori, nas quartas de final, no último sábado, Khelif garantiu a primeira medalha da Argélia em Paris-2024. Na disputa pelo ouro na categoria, ela terá a tailandesa Janjaem Suwannapheng. A luta decisiva será disputada na próxima terça-feira, a partir de 17:30 (horário de Brasília).
