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Com a famosa Arena Torre Eiffel toda a favor, a dupla brasileira Evandro/Arthur bateu os holandeses Steven van de Velde e Mathew Immers por duplo 21/16, avançou às quartas de final e salvou o dia do país no vôlei de praia, neste domingo, em Paris. Mais cedo, Carol Solberg/Bárbara Seixas e George/André foram eliminados nas oitavas de final.
Nesta segunda-feira, a dupla Ana Patrícia/Duda, favorita ao pódio, enfrenta as japonesas Akiko/Ishii.
Os brasileiros dominaram os dois sets desde o início. Com o jogo controlado, eles abriram vantagem no primeiro set e fecharam com tranquilidade em 21/16. No segundo, a vantagem chegou a ser maior, mas fecharam com o mesmo placar.
O jogo ficou marcado pelas vaias ao holandês Van de Velde a cada vez que ele tocava na bola. Ele foi condenado na Holanda por abuso sexual infantil, e ficou preso por um ano após viajar ao Reino Unido para encontrar uma garota de 12 anos com quem conversava numa rede social. O caso aconteceu em 2014, quando ele tinha 19 anos.
Após a partida, Arthur falou sobre a força da dupla nos saques:
— Antes de jogar com o Evandro eu já sacava muito viagem, eu forçava muito, já ganhei muito dele sacando viagem (risos). Como eu tenho o melhor sacador do mundo do meu lado, às vezes eu pensava que não precisava forçar tanto o meu saque, porque esse é um papel mais dele. Eu treino muito o meu saque viagem, por mais que eu não use às vezes por conta de confiança mesmo. Mas ele está me dando essa confiança. Hoje eu fiquei muito confortável quando tentei o primeiro e vi que entrou. Falei "cara, vou continuar, né".
Evandro também analisou a partida e o que levou a uma vitória com tanta autoridade:
— Foi um somatório. O saque, no primeiro set eu fiz uma sequência de saques, a defesa do Arthur, nossa virada de bola, tivemos cinco erros de virada de bola durante os dois sets. Aceleramos o nosso jogo cada vez mais, em nenhum momento vocês viram a gente um pouco relaxado porque abrimos uma vantagem, a gente não é disso. Ao contrário, se tiver que dar de 21 a 10, a gente vai ganhar, mas com todo respeito ao adversário. Só queremos ganhar o jogo. Entramos naquela quadra para nos divertir. Falo para o Arthur, "irmão, vamos nos divertir aqui, cara, a gente lutou tanto, ninguém viu nosso perrengue lá atrás, vamos ser felizes. Lógico, tem responsabilidade, mas só queremos entrar e jogar voleibol, fazer o que a gente ama. Nessa leveza vem dando certo para a gente, o estudo da comissão técnica vem dando certo. O que esse moleque está fazendo dentro de quadra, me ajudando, carregando o velhinho (risos) — brincou o jogador de 34 anos.
