Jogos Paralímpicos de Paris: Cerimônia de Abertura Inclusiva e Política
A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris promete surpreender com um espetáculo inclusivo e político, envolvendo 4.400 atletas e performances inéditas. O renomado coreógrafo Alexander Ekman lidera o evento, marcado por um desfile na Champs-Élysées e pela pira olímpica que iluminará Paris. Medidas de acessibilidade estão sendo planejadas, com destaque para a segurança reforçada na Praça da Concórdia e arredores.
Praça da Concórdia, avenida Champs-Élysées e 4.400 atletas. A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 acontecerá daqui a apenas uma semana, a partir das 15h (horário de Brasília) do dia 28 de agosto, e promete ser "inclusiva" e espetacular", segundo os organizadores. Abaixo, veja o que já se sabe sobre o evento.
Diante de 65 mil espectadores que estarão em arquibancadas instaladas na Praça da Concórdia e arredores, no centro de Paris, a cerimônia de três horas foi planejada por Thomas Jolly, que também foi diretor artístico das cerimônias dos Jogos Olímpicos. No evento olímpico, a abertura também aconteceu fora de um estádio, naquele caso em uma superfície maior, com um desfile de barcos pelo rio Sena.
Desta vez o espaço será mais delimitado, com quatro palcos instalados na Praça da Concórdia, onde ocorrerão "atuações nunca antes vistas" e um espetáculo muito centrado no corpo. O ato irá condensar "a história e seus paradoxos", numa praça "na qual foram decepadas as cabeças dos nossos reis", mas que também é um dos extremos da "mais bela avenida do mundo" [Champs-Élysées]", onde os franceses comemoram o Ano Novo e conquistas como os dois títulos mundiais da seleção de futebol.
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Quem é o coreógrafo, Alexander Ekman?
O coreógrafo principal da cerimônia é Alexander Ekman, artista mundialmente reconhecido, com mais de 50 criações e colaborações com o balé da Ópera de Paris e o Boston Ballet. Ele também é conhecido por suas cenografias grandiosas, como quando inundou um palco com 6.000 litros de água para uma versão de 'Lago dos Cisnes', ou a chuva de bolas verdes no telhado da Ópera Garnier em Paris.
Em uma entrevista com a AFP em julho, Alexander Ekman confirmou que a cerimônia será um evento "festivo e político", conforme o desejo de Thomas Jolly. Com a dança a serviço de uma mensagem forte a favor da inclusão, ressaltou. Pela primeira vez o coreógrafo trabalhou com bailarinos com deficiência.
"Eles são extraordinários. São mais capazes do que muitas pessoas sem deficiência, tanto mental como fisicamente", afirmou.
Desfile pela Champs-Élysées
Serão 4.400 atletas de 182 delegações desfilando pela Champs-Élysées saindo do Arco do Triunfo. Até agora não vazou o nome de nenhum grande artista, mas os organizadores anunciam "um percurso pelo nosso repertório musical". A trilha sonora terá de novo a assinatura de Victor Le Masne, compositor do hino dos Jogos Olímpicos, e o figurino também terá a supervisão de Daphné Bürki.
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A pira olímpica será acesa novamente em seu balão que subirá ao céu de Paris todas as noites, como foi durante as duas semanas de competições olímpicas. A cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos vai acontecer no dia 8 de setembro no Stade de France, mesmo local que recebeu o encerramento dos Jogos Olímpicos.
Acessibilidade
Audiodescrição, ônibus adaptados e o que mais? Também não foram revelados detalhes específicos sobre os dispositivos de acessibilidade previstos para a cerimônia de abertura. Sabe-se que serão disponibilizados espaços nas arquibancadas para pessoas com deficiência, principalmente cadeirantes e seus acompanhantes.
Cerca de 15 mil agentes da polícia serão desdobrados na abertura paralímpica, para cobrir o perímetro da Praça da Concórdia e a Champs-Élysées. O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, destacou o trabalho nessas áreas emblemáticas da cidade e outros pontos próximos, como os Jardins das Tulherias, para evitar qualquer risco de atentado contra o evento.
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