Em Moçambique, um sistema com inteligência artificial tem ajudado a identificar casos de tuberculose em presídios de Maputo, capital do país. O piloto do projeto foi desenvolvido pela organização Stop TB, apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), e substitui os testes convencionais, que costumam ser difíceis de realizar em zonas rurais.
O programa de IA é conectado a uma máquina de raio-X. Para entender se uma pessoa pode ou não estar infectada com tuberculose, analisa aspectos como pressão arterial e o estado do pulmão. Esses dados são processados em tempo real pela inteligência artificial, que entrega os resultados em menos de cinco minutos — o que é útil principalmente para iniciar o tratamento com antecedência.
Os resultados deixaram otimistas os criadores do projeto, que consideram a tecnologia um "grande salto" na identificação e prevenção da tuberculose. Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (ou bacilo de Koch), é a segunda doença infecciosa que mais fez vítimas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2022, 1,3 milhões de pessoas morreram de tuberculose em todo o mundo.
Os testes convencionais de tuberculose são feitos a partir de amostras de saliva, pele ou sangue, e demandam radiologistas e laboratórios — processo que, em regiões rurais ou do interior, pode ser difícil de ser realizado.
Veja fotos dos testes de tuberculose feitos com IA em Maputo, Moçambique:
![Biomédico analisa amostras durante teste de tuberculose em prisão em Maputo — Foto: Alfredo Zuniga/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/ImhjYvGVz9BJFYrtBNnOcMXp1n8=/0x0:6720x4480/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/0/Y/9uDNCoSvW74KavVBp6Cg/alfredo-zuniga-afp-2.jpg)
![Tecnologia de IA ajuda a identificar de forma mais rápida e fácil casos de tuberculose — Foto: Alfredo Zuniga/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/WWOHYLFRUsztNawqaT2QzAEgsB0=/0x0:6720x4480/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/L/b/Igg0LaQWGCJadmPeVR2A/alfredo-zuniga-afp-8.jpg)
![Os testes tradicionais para tuberculose precisam de laboratórios e podem ser difíceis de realizar em zonas rurais — Foto: Alfredo Zuniga/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/n986XHpTGxBF2-IPxo04FFVEAL0=/0x0:6720x4480/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/J/k/yUId0rQvqfzvBUOo5DxQ/alfredo-zuniga-afp-5.jpg)
![Em Moçambique, em 2022, a OMS identificou 120 mil casos de tuberculose — Foto: Alfredo Zuniga/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/qNToqrZjVpjuEvdDZqoOnUKVTNg=/0x0:5472x3648/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/z/N/Q14dojQ82uBk7iGBWX9g/alfredo-zuniga-afp-10.jpg)
![Detentos que foram pré-diagnosticados com tuberculose foram isolados e iniciaram tratamento — Foto: Alfredo Zuniga/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/n6l9n4uZHRfkMkhJDksv5GZGXyw=/0x0:6720x4480/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/Z/6/UEaQAuQXGdGaxhHvDE5Q/alfredo-zuniga-afp-3.jpg)
![O uso de IA ajuda a pré-diagnosticar tuberculose para iniciar tratamento mais cedo à doença — Foto: Alfredo Zuniga/AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/L3JDAHJEY_zGGbgXB1cb2zP81DY=/0x0:6720x4480/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/P/4/kBAEZIQuuDHQyYs3gANQ/alfredo-zuniga-afp-6.jpg)