Goldman Sachs: ‘Impacto de curto prazo na economia será limitado se atos cessarem’

Por Rennan Setti


Entrada do Palácio do Planalto, projetado por Oscar Niemeyer CARL DE SOUZA / AFP

A branda queda da Bolsa brasileira nesta segunda-feira — o Ibovespa recuava apenas 0,23% por volta de meio dia — atesta que a Faria Lima não está “precificando” uma ruptura institucional após os atos terroristas de domingo.

Na análise de Alberto Ramos, economista-chefe do banco americano Goldman Sachs para América Latina, o impacto de curto prazo será “limitado” se a reação do governo Lula aos ataques fizer com que as manifestações golpistas cessem. Mas a tensão social pode prejudicar a governabilidade.

— O ambiente político instável e a tensão social relacionada a ela mantêm o prêmio de risco alto e podem prejudicar a governabilidade. Isso implica que o novo governo, a oposição e a classe política em geral terão que trabalhar duro para recuperar o país. O impacto de curto prazo nos mercados e na economia deve ser limitado se atos antigovernamentais cessarem. Mas os mercados continuarão muito focados na dinâmica política e social nas próximas semanas — disse Ramos à coluna.

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