O Exército está lidando com mais uma saia justa envolvendo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid – e não é o depoimento que ele presta na tarde desta segunda-feira à Polícia Federal em Brasília sobre a trama golpista engendrada a partir do Palácio do Planalto.
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A temporada de promoções da Força está em curso, e, como está afastado mas ainda não deixou o Exército, o nome de Mauro Cid e de uma leva de outros tenentes coronéis está na fila para ser avaliado pela comissão de avaliação de promoções.
A comissão vai apresentar seu relatório até o final de abril, e ninguém imagina que o Exército vá promovê-lo em meio à investigação, mas há uma ala de oficiais que considera que ele está sendo perseguido e pressiona os generais por um alívio.
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Em situações normais, os oficiais são promovidos por antiguidade ou merecimento. No caso de Cid obviamente não há como alegar merecimento, e ainda há outros oficiais mais antigos do que ele na fila.
Mesmo assim, na cúpula da Força há uma discreta torcida para que Cid seja indiciado pela Polícia Federal ou denunciado pelo Ministério Público Federal antes do final das avaliações – o que extinguiria qualquer possibilidade de apelação ou de pressão da ala mais radical da ativa e da reserva.
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Mas apesar da tensão interna, o diagnóstico de dois generais com quem conversei é de que Cid deve ser excluído da lista de promovidos e ficar "no limbo" até que sua situação seja decidida na Justiça."A carreira do Cid acabou", diz um deles.
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