Por Míriam Leitão

Jornalista há mais de 50 anos, é colunista do jornal desde 1... ver mais

A razão artificial da deflação dos últimos três meses

No meio de uma campanha eleitoral, governo fomenta as reduções de preços administrados

Por Míriam Leitão


Redução do preço da gasolina pela Petrobras vai ajudar no controle da inflação Hermes de Paula

Os preços dos combustíveis foram o principal fator da deflação dos últimos três meses. Este mês, caíram -8,50%. A gasolina (-8,33%) contribuiu com o impacto negativo mais intenso no índice de setembro (-0,42 p.p.). Mas nisso não há nada de natural, os preços estão baixos agora por razões eleitoreiras.

Neste momento, com a alta do preço do barril de petróleo no mercado internacional, não é possível a Petrobras reduzir o preço do combustível. Aliás, teria que reajustá-lo, pois, segundo os importadores, há uma defasagem de 13% no preço do diesel e 10% no preço da gasolina. Tanto que a refinaria de Mataripe, que é privatizada, reajustou o preço no sábado com estes percentuais.

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Toda vez que o preço do barril caiu, a Petrobras reduziu o preço alegando que estava seguindo o preço internacional. Agora, com a subida, não acompanha mais. O governo não quer reajustes antes das eleições.

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