Um mês depois de dar à luz ao seu primeiro filho, Suzane Louise Magnani Muniz, ex-Richthofen — ela abandonou o sobrenome da família no cartório, como revelou o blog —, começou nesta quarta-feira a estudar Direito na Universidade São Francisco, campus de Bragança Paulista, onde está morando com o marido Felipe Zecchini Nunes. Assim, passadas pouco mais de duas décadas, ela retoma o mesmo curso em andamento quando ela foi presa pela morte dos pais, em 2002.
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Como Suzane von Richthofen ingressou no ensino superior?
Para ingressar no ensino superior, ela usou a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A mensalidade do curso sai por R$ 1.220,68 no preço cheio, mas a instituição também oferece modalidade com desconto de 50%.
Apesar de as aulas terem começado há uma semana, só agora Suzane apareceu pela primeira vez. Segundo contou aos colegas, ela não foi nos primeiros dias para evitar um ritual comum aos calouros da universidade: ter que se apresentar à turma, dizendo o nome em voz alta e explicando por que escolheu o Direito.
Notícia de que Suzane von Richthofen estava na faculdade se espalhou
Suzane está matriculada no curso matutino. Chegou cedo, subiu para o segundo andar discretamente, entrou na sala 207 e sentou-se na última fileira de cadeiras, bem perto da porta. Vestia camiseta preta, calça cinza e tênis branco, além de uma mochila preta nas costas. Cumprimentou os colegas, de acordo com os relatos, mas evitou puxar conversa.
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Tão logo a notícia de que Suzane estava na faculdade se espalhou, alunos curiosos de outros cursos foram até a sala dela fazer fotos e vídeos da novata. As imagens logo se espalharam em grupos de WhatsApp. Ela não pareceu se importar com os registros, mas passou a maior parte do tempo mexendo no celular.
Veja fotos de Suzane von Richthofen
Que curso Suzane von Richthofen fazia quando mandou matar os pais?
Quando mandou matar os pais, em 2002, Suzane fazia Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mas teve de interromper o curso no primeiro semestre por conta da prisão. Condenada a 39 anos de reclusão pelo crime, ela hoje cumpre a pena em regime aberto desde o início do ano passado.
Suzane von Richthofen tenta retomar vida acadêmica
Suzane passou uma década presa na Penitenciária de Tremembé. Desde que avançou ao regime semiaberto, passou a fazer vários vestibulares para retomar a vida acadêmica. Em abril de 2016, foi aprovada para o curso de Administração da Universidade Anhanguera de Taubaté. No entanto, a 2ª Vara de Execuções Criminais da mesma cidade a proibiu de fazer a matrícula, alegando que ela seria repugnada no ambiente acadêmico por alunos e professores. Suzane recorreu à segunda instância e conseguiu um mandado de segurança garantindo-lhe o direito de estudar, mas ela própria acabou desistindo.
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Em 2017, Suzane tentou mais uma vez ingressar em um curso superior. Foi pré-selecionada para obter empréstimo pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do governo federal para cursar Administração na Faculdade Dehoniana de Taubaté, uma instituição religiosa mantida pela Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus no Brasil. Mais uma vez, contudo, ela não se matriculou.
A vida acadêmica de Suzane só seria retomada em 2021. Após obter nota no Enem para ingressar no ensino superior, ela se matriculou na Faculdade Anhanguera de Taubaté. A egressa de Tremembé passou no curso de Farmácia, mas acabou mudando para Biomedicina porque não havia alunos suficientes para preencher uma turma. Em 2023, Suzane pediu transferência para a Faculdade Sudoeste Paulista (UNIFSP) de Itapetininga, mas abandonou o curso para morar com o marido médico em Bragança Paulista.